Quando militar do ELNA e pouco antes da kitota começar entre o MPLA e a FNLA, eu sempre andei fardado e sem kigila.
Mas sentia cá dentro de mim de que alguma coisa não estava a bater bem, notava que as pessoas me olhavam com uma mistura de medo, desprezo, raiva e ódio.
Um dia até quando fui visitar uns parentes de sangue no Sambizanga eu fardado de finuna era assim que se considerava os soldados da FNLA.
Mal entrei o pessoal todo ficou assustado como se tivesse caído um terramoto no quintal ou como se eu fosse um leão, me senti tão mal, mas ainda assim não perdi a calma.
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Com o passar das semanas foi quando percebi que a propaganda do MPLA alegando que os soldados da FNLA comiam pessoas.
Que afinal teve mesmo muito peso e um impacto estrondoso junto do povo, o medo tomava conta de quase todas as famílias angolanas em especial na capital Luanda.
Ainda assim, eu tentava curtir a minha vida como um calú puro e sem kigila.
E foi quando namorei a Bia no Cazenga numa casa onde eram todos do MPLA eu entrava e saia bem descontraído tratando a mãe dela como de minha mãe se tratasse.
Ela era da JOTA MPLA ali do Cazenga junto ao Tanque onde a FNLA tinha uma unidade da BJR e o Miala parava lá também naquele tempo como da BJR.
E um pouco mais adiante havia uma vivenda que era uma delegação da FNLA onde eu estava destacado e o Passarão esteva lá a ser protegido no terraço deste edifício com sua esposa.
Me recordo ainda como se fosse hoje que até já entrei nesta base da JOTA MPLA com a Tina ( Kindala Weza ) que era lá uma chefe que morava não longe desta delegação.
Ela tinha uns manos um deles senão me engano era o Neto e tinha outras manas bem boas, amigas também da Bia.
A Bia era uma magrita escura, tinha uma mana Maria um pouco mais clara do que ela.
Muitas vezes me recordo delas que nem sei o que é feito delas se ainda vivem ou já não.
Eram outros tempo e outras vidas com a fezada de nunca ter estado numa frente de cambate.
Tempos em que os Paiva, Imperial e outros eram quase os donos do país e os mais falados na altura que nem já Agostinho Neto, Lúcio Lara e Iko Carreira.
Fernando Vumby
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