Antes de me alongar importa dizer que este para mim, está entre os outros tantos que deveriam ser enterrados algemados por várias razões, entre elas porque deixou feridas que nunca se cicatrizaram.
Ora bem, como as minhas crónicas têm sempre continuação, essa é a continuação de crônicas anteriores onde ja falei do Nambi, era assim que lhe tratávamos quer em Cabinda como em Luanda ou Benguela no círculo militar.
Importa dizer, que eu conheci o Nambi ainda antes da independência de Angola, depois que desertei da FNLA para o MPLA quando começaram os confrontos entre os dois na altura ainda movimentos de libertação nacional.
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Com o Nambi, um dos manos Rasgados e uma mulata bem boa a Carlota fiz uma viagem de Luanda á Cabinda pelo navio Kalua, aconselhado.
E enviado pela direção militar da delegação do MPLA na Vila Alice para que eu fosse fazer uma outra recruta militar no CIR / Belize para ser integrado nas FAPLA.
Como já disse em outras crônicas, depois da recruta continuei em Cabinda onde passei o 11 de Novembro de 1975.
E só depois fui recrutado para frequentar o primeiro curso para operativos da contra inteligência militar ministrado já em Luanda por cubanos especialistas dos serviços secretos.
Depois veio o 27 de Maio e voltei a cruzar-me com o Nambi ja no campo de concentração.
Da morte lenta do MPLA na Kibala / Tari ele fazendo parte da direcção do campo, acabando por se tornar no meu carrasco, sofri mais nas mãos dele do que de qualquer outro.
O tempo correu veloz e ele acabou por ser o governador de Benguela.
No tempo da gestão de betão também do outro déspota José Eduardo Dos Santos, e nunca deixei de acompanhar a sua trajetória criminosa desviando muito dinheiro e aposto que foi ele mesmo.
O carrasco da grande maioria dos manos Rasgados seus conterrâneos tirando o Julio Rasgado que tinha sido baleado pelos homens da secreta em Luanda.
Seus camaradas já que ele foi um dos que dentro da cadeia, de preso foi transformado em bófia e quando ja não quis mais ser bófia levou um tiro do peito.
Como governador o Nambi até os seus fatos costumava mandar lavar à seco em Portugal.
E para espanto do jovem que era o encarregado para tratar disso ao preparar a encomenda para Portugal.
Ao revistar antes como de costume, um dos bolsos deparou-se com um embrulho esquisito onde havia, unhas de jacó, penas de galinha, cobras secas e algumas raízes.
Como é que eu sei isso?
Não gosto que me façam essa pergunta, mas se tiver que respondê-la.
importa apenas dizer, que quase nada me escapa da vida privada e dos meandros criminosos até dos mais restritos, dessa gente criminosa que vocês ainda assim, consideram de governantes.
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: O MEU CARRASCO E O FEITIÇO ENCONTRADO NOS BOLSOS DO CASACO DO SEU FATO QUE MANDOU LAVAR EM PORTUGAL- FERNANDO VUMBY){kind=link}
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