CIDADANIA EM PRIMEIRO LUGAR- Jorge Eurico



Há uma respeitável matrona e intelectual a quem o País (particularmente quem gere os negócios do Estado) deveria dar mais ouvidos: a cidadã e empresária angolana Filomena Oliveira.


Admiro a sua argúcia e o seu verbo assertivo. Gabo-lhe a inteligência e a lucidez. Respeito e ouço as suas intervenções públicas com atenção redobrada. Quando ela intervém publicamente deixa a audiência em sentido.


Filomena Oliveira tem discursos deslumbrantes e ideias fora do radar do senso-comum. Quando ouço (leio) as suas oportunas e ideias inteligentes sou, invariavelmente, tomado pela compulsão de (re)agir. Mais ou menos do tipo que quando vê açúcar quer logo fazer chá. Não importa a hora nem o momento. 



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Foi assim que me senti quando esbarrei, aqui nas redes sociais, num vídeo (presumo que não seja novo) em que Filomena Oliveira apela aos jovens ter sempre em conta os valores republicanos e não o(s) partido (s) políticos. Sublinha que o País não pode ser “joguete” de partidos políticos. Neste vídeo ela admite que a sua geração falhou no que respeita à implantação da cultura de cidadania e que os jovens agora têm a obrigação de lutar para que ela seja um facto. Foi directa e sem rodeios: primeiro vêm os cidadãos, o País, o Estado e só depois os partidos.


Acho muito bem esta ideia de Filomena Oliveira. A devoção partidária prejudica o Estado angolano, mata a cidadania e viabiliza a exclusão, promove o ódio e incentiva a intolerância.


É perigoso colocar o(s) partido(s) acima das instituições repúblicanas e dos interesses do Estado. É preciso precatar situações do gênero. É imperioso desencorajar todas iniciativas que visem consolidar a cultura de “partido único” em Angola. 


Não será uma luta fácil, pois o alinhamento ideológico em Angola ainda é um trampolim social e económico que faz alguns cidadãos (sobretudo os intelectualmente ocos e politicamente anêmicos) entregarem-se desalmadamente ao(s) partido(s) para se sentirem gente, terem dignidade e oportunidade de chegar ao aparelho do Estado , como servidor público, e aí fazer fazenda.


Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação 

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