Eu conheci o Bibi, era por este nome que o tratavámos em Cabinda, quando Angola ainda não estava independente.
Na mesma altura em que conheci pessoalmente os mais velhos Pedale, Eurico Gonçalves, Jika e outros que funcionavam na delegação do MPLA naquela cidade.
Onde eu várias vezes prestei serviço como militar depois de uma passagem pelo cir Belize.
Nessa altura já destacado na unidade militar de S.Vicente com Pedro Sebastião, Bornito de Sousa, Kassefu, Borge, Joy e outros tantos jovens.
Entre eles o Bessa irmão do Azevedo Xavita, Luis Alves irmão de João Alves, Luis Cadete, Gurgel.
E uns poucos com quem repartia a única caserna que havia naquela unidade militar que antes tinha sido um galinheiro do colono que tinha abandonado.
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O Bibi era um tanto esquisito naquele tempo andava sempre com o nariz no ar e de poucos sorrisos.
Quando comparado por exemplo com o Roberto, Feijo, Pombal, Pety e até mesmo com os mais velhos Jika, Pedale e Eurico Gonçalves que faziam parte das chefias.
Se isso nunca me preocupou naquela altura, como alguém acostumado a viver a minha própria vida e a deixar os outros viverem as suas vidas.
Mas hoje faz-me sim confusão e preocupa-me o silêncio dele perante a morte do seu irmão Marito nos acontecimentos do dia 27 de Maio de 1977.
Nunca se pronunciou sobre o assunto um silêncio estranho que lembra-me o silêncio cúmplice que conduzem as ovelhas ao encontro com os lobos, será ?
Importa dizer, o seu irmão Marito de que já me referi umas poucas vezes é o jovem que tinha engravidado a famosa Nandy do destacamento feminino.
Que mesmo grávida participou no assalto à cadeia de São Paulo no dia 27 de Maio de 1977 e depois do parto foi fuzilada assim como o pai da criança o Marito.
Fernando Vumby
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