Segunda-feira, a actividade oficial que levou à cidade do Lobito os chefes de Estado de Angola, Zâmbia e República Democrática do Congo foi, evidentemente, selada com um banquete de alto nível, no qual foram servidos o que há de melhor em comidas e bebidas.
Faltando já muito pouco para o fim da almoçarada e com grande parte dos convivas divididos entre os últimos conhaques e a palitação de dentes, o presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Celso Rosas, também conhecido como T-72, designação de um tanque de guerra russo, por causa do seu tamanho, entendeu animar o acto, “saltando” para o meio do salão com surpreendentes e sonoros “VIVA O PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO, VIVA, VIVA...”
Constrangido pelo inesperado acto de Celso Rosas, o Presidente João Lourenço “bateu” rapidamente em retirada, no que foi de imediato seguido pelos seus homólogos congolês e zambiano.
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Membros da delegação angolana, que “congelaram” a sede de bom vinho para depois da saída dos presidentes, também se viram forçados a abandonar o local, por entre pragas e muxoxos contra o PCA do Porto do Lobito.
Quadro sénior do SINSE, ao qual está ligado há décadas, T-72 não se distingue apenas pelo seu tamanho. Outro factor distintivo é o seu fanatismo partidário.
Se o Presidente João Lourenço não se tivesse retirado atempadamente, Celso Rosas teria debitado a inauguração da fibra óptica e até mesmo a reabilitação do Caminho de Ferro de Benguela à clarividência do “Camarada Presidente” e ao seu MPLA.
Felizmente, João Lourenço, que até não tem por hábito dispensar qualquer gesto de adulação a si, não deu corda à palhaçada de T-72 e o “circo” morreu rapidamente aí.
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