O presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), Hélder de Jesus Garcia Adão, é acusado pelos funcionários de praticar acções administrativas ilícitas no seio da instituição que dirige.
Na última semana do mês de Junho, os funcionários da ENDE endereçaram uma "carta denúncia" às autoridades competentes (entre os quais a Presidência da República) denunciando as inúmeras irregularidades, até aqui, por Hélder Adão e pelas responsáveis de Recursos Humanos e do Gabinete Jurídico, cujos dados traremos nos próximos dias.
Segundo as informações em posse do Imparcial Press, o PCA da ENDE envergou-se pelas de práticas de perseguições contra alguns responsáveis que não se revêem com os seus métodos corruptos de trabalho.
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Nessa senda, o arquitectou a exoneração do ex-director provincial da ENDE, no Cuanza Norte, Luzolo Justino Nsacala, e do chefe de Divisão de Compras, Olegário de Lemos Goncalves, “por conta de algumas rixas pessoais".
Desaparecimento de meios rolantes
Além de rixas, Hélder Adão - como a maioria de governantes do regime de João Lourenço - arquitectou um plano maquiavélico de usar as viaturas da ENDE para benefício pessoal.
Conforme as informações, tão logo que foi nomeado ao cargo de presidente do Conselho de Administração da ENDE, chamou-a si a responsabilidade de controlar, pessoalmente, os meios rolantes da instituição. Desde então várias viaturas passaram a desaparecer da sede da ENDE, sem qualquer explicação plausível.
Depois de várias denúncias, pelas redes sociais, alguns meios rolantes reapareceram, mas em péssimas condições técnicas, e foram enviadas para as oficinas mecânicas das empresas "Toyota" e "Angolauto" para a manutenção, criando custos altos a esta empresa pública. "Toda essa operação era coordenada pelo seu antigo testa- de-ferro, Morais Gomes Adão Faustino", lê-se no documento.
Actualmente, o PCA da ENDE tem como testa-de-ferro um seu compadre e amigo de nome José dos Prazeres Januário da Silva, que também é tratado pelo Dr. Silva PhD.
Os funcionários, consoante o documento, sugerem que seja feita uma investigação de baixa visibilidade e profunda contra Hélder de Jesus Garcia Adão e aos seus mais próximos para se apurar as elevadas somas em kwanzas que o mesmo vem subtraindo de forma ilícita na referida empresa.
Em gesto de remate, os queixosos tornaram público uma suposta relação amorosa que o PCA da ENDE mantém com a sua secretária de nome Camía Suely M. Alcarva.
"A ENDE-EP não tem um líder, tem um mulherengo que namora a torta a direita. O PCA namora a sua secretária, a Sra. Camía Suely M. Alcarva, e em troca mantém a sogra com a idade de reforma, maior de 65 anos, ignorando todos os erros administrativos e comprometedores, envolvendo a reputação da empresa", lê-se no documento.
Imparcial Press
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