O problema da pobreza não é a falta de recursos,e sim de vontade política para redefinir prioridades e enfrentar questões delicadas,como a especulação financeira e o corte nos gastos militares...
Sabemos, a partir da nossa própria experiência pessoal e doméstica, que é preciso corrigir os desequilíbrios.
Mas a questão é: Por que é que a correção dos desequilíbrios acaba caindo nas costas dos mais fracos da sociedade?Por isso, a mensagem para quem tem desequilíbrio a corrigir é a seguinte: pensem no custo social no início para evitar ter que mandar uma ambulância depois.
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O cinismo sempre existe na sociedade.Há dois tipos de críticos. Os primeiros são os cínicos, que não acreditam em nada,que arrasam tudo.Mas para estes eu não ligo.A única maneira pela qual as transformações acontecem é através de pessoas que acredita,que põe a mão na massa,que tem valores e ideias.
Há outro grupo de críticos.São os que acham que o governo não foi suficientemente longe em suas metas,planos e programas sociais.Esta é uma objecção legítima. São as pessoas que querem ver mais envolvimento,mais rapidez na acção.
Mas é preciso ter claro as funções relativas ao governo têm limitações naturais, e o papel da sociedade civil é o de sempre: esticar estes limites.
Ninguém pode afirmar que não existam recursos suficientes.Se o angolano juntar todos os recursos disponíveis no sector público e no sector privado do País,chegará a uma definir prioridades.O desenvolvimento social precisa voltar a ser a prioridade.Os gastos militares precisam ser muito mais reduzidos. Um pequeno corte nos gastos com armamentos representa escola, hospital, segurança para milhões de crianças em Angola inteira.
Gueto Press
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