A presidente da Assembleia Nacional de Angola Carolina Cerqueira, discursou na sessão comemorativa do Dia Internacional do Parlamentarismo, que decorreu na sede do Parlamento português e esteve acompanhada pela Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária de Angola em Portugal, Maria de Jesus Ferreira e vários deputados de partidos com assento no Parlamento angolano.
Na sua intervenção, a Presidente da Assembleia Nacional de Angola, Carolina Cerqueira, disse que o parlamento é “a voz dos eleitores a ecoar na casa da democracia.
É um barulho por vezes ensurdecedor, mas sempre necessário, para que tudo mude em melhor direcção, sobretudo a vida das pessoas, o processo de desenvolvimento das sociedades e dos países”.
“São as vozes da representatividade política na diversidade, no debate político gerador de perspectivas de novas ideias, de melhores abordagens e do diálogo e da concertação, concorrendo todos estes ingredientes para a solidez da democracia parlamentar”, acrescentou.
Para Carolina Cerqueira, “urge frisar a rápida e a necessária adaptação destas funções as parlamentares -, à evolução social que nos acompanha e nos ultrapassa, assim como as dificuldades inerentes e muitas vezes desconhecidas por que passa a descodificação dos discursos que nesta casa se preferem.
Urge trabalharmos todos na sua tradução para que tenhamos uma versão entendível, que deve ser ao mesmo tempo fiel, mas fluída, integrada, mais formal, genuína, publicável e, sobretudo, escrutinável”.
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No entanto, a Presidente do parlamento angolano, reconheceu que “seria muito injusto não assinalar a evolução da forma de Governo que pensa nas pessoas, nas mulheres e nos homens, que desde sempre se dedicaram a manter a democracia viva, através de actos e palavras proferidas em plenário, ouvindo-as, debatendo-as e imortalizando-as em ideias e posteriormente em acções relevantes”.
Para a Presidente do Parlamento angolano, “a igualdade do género materializa-se com desenvolvimento económico e social a par de uma nova cultura de pleno respeito pela pessoa humana e pela sua plena realização pessoal e profissional”.
A concluir a sua intervenção, Carolina Cerqueira disse contar com a presença de todos, em Outubro, em Luanda, na 147ª Assembleia da União Parlamentar Mundial, sob o lema “Acção Parlamentar Para a Paz, Justiça e Instituições Fortes, para que “possamos aprofundar o debate político sobre os progressos e principais dificuldades do parlamentarismo contemporâneo e seus inúmeros desafios, em particular a promoção e preservação da paz e dos seus impacto na vida das populações de todo o mundo”.
Nesta sessão solene, discursaram ainda os presidentes dos parlamentos Brasil, Chile, Parlatino (que representa latino-americanos), do Uruguai e do Zimbabwe. Tiveram, igualmente, intervenções Edite Estrela, na qualidade de vice-presidente do parlamento português (que acolheu o evento) e ainda de Duarte Pacheco, na qualidade de presidente da União Interparlamentar.
CONVITE AO PRESIDENTE DO PARLAMENTO PORTUGUÊS
Ontem, a Presidente da Assembleia Nacional de Angola, acompanhada pela Embaixadora Maria de Jesus Ferreira, foi recebida em audiência pelo seu homólogo de Portugal, S. Exa. Augusto Santos Silva, que aceitou o convite para estar presente na 147ª Assembleia Geral da União Interparlamentar, que decorrerá em Luanda entre os próximos dias 23 e 27 de Outubro. Na ocasião, Augusto Santos Silva felicitou Angola pelo dinamismo da acção parlamentar na advocacia da paz na região, destacando igualmente a modernização que, a vários níveis, a própria Assembleia Nacional tem vindo a conhecer.
Os dois presidentes dos Parlamentos de Angola e Portugal abordaram novas perspectivas de cooperação no domínio das novas tecnologias e na concertação de agendas políticas robustas, adequadas ao dinamismo da geopolítica mundial. No âmbito da sua presença em Portugal, a Presidente do Parlamento angolano participou ainda em várias actividades inseridas no programa das comemorações do Dia Internacional do Parlamentarismo, que incluíram recepções oferecidas pelos presidentes das câmaras municipais de Lisboa e de Sintra, respectivamente Carlos Moedas e Basílio Horta.
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