MPLA, de Partido Político a empresa Multinacional



A partir de 21 de Setembro de 1992, uma semana antes das primeiras eleições gerais em Angola, houve uma reunião de chefe de estado com algumas figuras do Mpla selecionadas para o efeito, o ponto da reunião era criação de um corpo formal de Conglomerado de negócios do partido com fundos de estado a beneficio do Mpla, por meio da GEFI – Sociedade de Gestão e Participações Financeiras, que criou dezenas de empresas ao longo dos anos, muitos acabaram por falir e outros, continuam a prosperar ate aos dias de hoje, que prestam contas ao Partido anualmente e por via secreta.

Neste encontro para traçar linhas de acção dos negócios do partido e os primeiros a liderar a Sociedade, foram Francisco Magalhães Paiva. José Mateus Adelino Peixoto, António Campos Van-Dúnem, Mário Antonio,  Augusto Lopes Teixeira, Carlos Alberto Ferreira Pinheiro,  e Higino Carneiro.



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Hoje em Angola, o partido no poder, transformou-se na única e maior conglomerada de empresas do país que funciona graças a transferência ilícita de fundos públicos a favor do partido e governam Angola como se sua Fazenda particular se tratasse.


Em muitos casos actualmente, simulam cerimónias públicas de apresentação de projectos com empresários estrangeiros e nacionais, quando na verdade são simplesmente para darem a cara aos projectos que pertencem ao partido e muitas vezes, contratavam empresários e empresas externas falidas, para investirem em angola com fundos públicos desviados. Muitas das grandes empresas e empresários nacionais e estrangeiros que operam no país, foram constituídos com fundos de estado angolano, e muitas das grandes empresas de construção que operavam e operam no país, são constituídas por elementos próximas ao palácio presidencial.

Por isso, hoje em angola não existe empresariado sem ligações ao partido no poder e muitos negócios em angola, não pagam impostos mas devem tributos anuais ao partido, pois a corrupção é imprescindível para a manutenção do poder por parte do Mpla e é difícil combater ou acabar com ela porque o partido que governa o país, é corrupto.

Entre as centenas de empresas que o MPLA possui, controla e que lhe devem tributo eterna, por serem constituídas com fundos de estado há benefício do partido, onde possui participações de 13%, 19%, 29%, 45%, 67%, 78%, 94% e 100% e outros somente servem para financiar os seus interesses, constam instituições como; Sambiento; Bolsa de Valores; Socorro; Feira Popular de Luanda; Moagem Kwaba e Cimor; Pontual, Radio LAC, Radio 2000, Empal; Sansul; Invest; Cerangola; Mabor; Martifer; Dilog; Kapiandalo; Sonangol; OPCA; Soares da Costa; Edifer; MotaEngil; Odebrecht; Catoca; BAI; BCI; OSB; GAM; Somague; Grupo Boa Vida, Maboque; BCA; Banco Sol; Cuca; Coca-Cola; Panga Panga; Radio+; Hotel Trópico, Hotel Panorama; Hotel Miramar; Hotel Alvalade, Hotel Le President Méridien; Hotel Diamante, Aggreki; Jumbo; Chicoil; BPC; Orion; Angola Cable; BIR; Toyota de Angola; Grupo AngoReal; AJS; AngolaAuto; Dar Angola; Caixa Angola; Barloworld; Imogestin; Escola Portuguesa; AAA; Colégio Elizangela Filomena; Eliseé; ExaClean; Global Seguros; Ensa; Igreja Universal; Simão Toco; Simão Kimbango; Chana; Cuango; TecnoCarro; Refinaria de Luanda; TecnoVia; Aerovia; Encica; Emeca; Somoil; Ascorp; Esplendor (Grupo); Socieade Mineira de Lucapa; Teleservice; Alva 5; Megafrica e etc. 


O MPLA, tornou a Sonangol como se seu Banco Particular se tratasse, o seu braço direito e poderoso tentáculo no domínio económico e no seu poderio financeiro. Quase todas as infraestruturas e projectos imobiliários ligados ao Mpla, são financiadas pela Sonangol. Foi a Sonangol que financiou a reabilitação do Hotel Le Méridien, com interesses partidárias. Foi a Sonangol que financiou a Construção da Luanda Medical Center, propriedade do MPLA. Foi a Sonangol que financiou a Construção dos Comitês Provinciais e Municipais do Mpla. Foi a Sonangol que financiou a Construção da Sede Nacional da OMA. Foi a Sonangol que financiou a Construção do Projecto Baía, afecto ao Partido e com os desvios dos Fundos do Projecto, o mesmo enfraqueceu. Foi a Sonangol que adquiriu alguns hotéis de luxo em França da velha guarda e injectou mais de 280 milhões de euros na reforma dos mesmos, como o Hotel Royal Monceau, Faffles Hotel & Resorts e Sangri-la em Lyon.


O MPLA  tem repartido mal as riquezas do país, ficando com quase tudo e definhando aos demais actores, libertou o país para benefício próprio, mas o seu poder pode durar mais um pouco, mais depois vai quebrar, pois a sua estrutura de sustentação, esta a começar a ruir. 


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