HÁ (MUITO) COELHO NA “MATA” DO SENRA: A directora do SENRA, Eduarda Rodrigues, desconhece a “Oração dos Sábios“ o silêncio!



Se a conhecesse não teria vindo a público, na manhã desta terça-feira, confundir (mais) a Opinião Pública,  desdizendo o que anteriormente havia dito à Imprensa sobre o obscuro processo de recuperação de activos e repatriamento de capitais levado a cabo pelo SENRA, objectivando defender o indefensável e esclarecer o que está (muito) confuso neste processo, que já tem, aproximadamente, seis anos desde que se deu o seu tiro de partida.


Com uma voz a denunciar um certo nervosismo (vá-se lá saber por quê), a directora do SENRA baixou o número de valores que, aqui há uns dias, havia revelado publicamente que tinham sido recuperados. Fez contas, optando pela subtração, para, de seguida, responsabilizar a Imprensa e as redes sociais pelos dados alegadamente inexactos revelados há dias pela instituição que dirige. Há, digo eu, marosca (da grossa) na estória destes dados.


Eduarda Rodrigues sublinhou que o que foi recuperado até aqui não são 19 mil milhões de dólares, mas sim e apenas sete mil milhões da moeda norte-americana. Será?



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A directora do SENRA destacou que se tem optado por não retirar o dinheiro roubado dos cofres do Estado angolano dos bancos de determinados países, de modo a não desestabilizar as economias dos mesmos. 


Como é que é?! Que patranha é esta?! A afirmação de Eduarda Rodrigues é, politicamente, grave e demanda explicações públicas precisas ao mais alto nível. Esta afirmação não pode morrer solteira,  na cama do amante da vizinha. Isto não pode ficar assim. 


O cidadão-contribuinte e eleitor demanda que o Presidente João Lourenço venha a público explicar por que quer alimentar as outras economias com o dinheiro roubado de Angola, enquanto a economia nacional definha todos os dias e a olhos vistos.


Continuando. Venhamos e convenhamos. A maior parte dos dinheiros roubados de Angola estão domiciliados em países com economias robustas como o Reino Unido, França, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Emirados Árabes Unidos e outros. 


Portanto, o melhor mesmo seria contar outra. O melhor seria (penso eu) cantar canções de ninar nos nossos ouvidos ao invés de nos dizer que o Estado angolano prefere matar de “inanição” a sua economia e o seu povo de fome, preferindo contribuir para estabilidade econômica dos países onde se encontram domiciliados os dinheiros roubados de Angola. 


O País precisa, obviamente, destes dinheiros mais do que aqueles países. Aqui neste ponto, a “bota” da justificação de Eduarda Rodrigues não bate com a “perdigota” do entendimento do cidadão-contribuinte.


As declarações de Eduarda Rodrigues deixaram o cidadão-contribuinte mais baralhado ainda, o que o faz reiterar a suspeição sobre esta instituição.


Os argumentos de Eduarda Rodrigues deixam claro que o SENRA precisa com urgência de alguém que saiba fazer contas, de facto, e a necessidade do mesmo ter uma assessoria séria de comunicação, de modo a evitar que, num futuro próximo, não mais dê o dito pelo não dito de forma tão atabalhoada e irresponsável como foi feito nesta terça-feira.


Ficou claro, igualmente, que o trabalho do SENRA não tem sido desenvolvido com o rigor e a competência que eram supostos, possíveis e desejáveis imprimir na empresa de recuperação de activos e repatriamento de capitais. 


Ficou claro, por exemplo, que o comediante e actor brasileiro Renato Aragão e os seus três companheiros de gratas lembranças fariam melhor se estivessem à testa do SENRA.


Quando uma instituição como o SENRA, pela voz do seu mais alto responsável, dá o dito pelo não dito, legitima suspeições de toda sorte, pondo em causa a seriedade e a competência de quem nele labora.


O dito pelo não dito desta instituição tutelada pela PGR confirma que há “coelho na mata” do SENRA. 


Sem dúvidas!

 Jorge Eurico


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