Nessa boda grande maioria dos convidados eram homens e mulheres da Contra Inteligência Militar.
Tinha sido numa vivenda que ficava naquele areal no largo da Sagrada Família onde os organizadores viviam com suas famílias.
Eles também dois operativos do primeiro curso da Contra Inteligência Militar ministrado por cubanos em território angolano.
A organização foi impecável os dois envolveram as senhoras que viviam naquela casa com eles para estarem à frente de todo o arranjinho em termos da decoração das mesas.
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E da sala onde dancei outra vez que me fartei que estava decorada com balões, fitas coloridas e só tinha mesmo faltado um pouco de fogo de artifício para ser considerado a festa do ano de 1976.
Foi nessa altura que comecei a desconfiar que a gestão do país pelo MPLA daria nessa espécie de farra tropical que é hoje.
Com um amontoado de aldrabões, exibicionistas, arrogantes, gatunos.
Comadres se esfregando com compadres e chefes na busca de um lugar não muito longe da cúpula criminosa que já detinha as alavancas do poder em suas mãos.
O importante para mim na altura como jovem era também gozar o melhor possível cada hora, minuto e segundo que o país me oferecia quando eu estivesse acordado.
Tinha sim boa vida e uma noiva de cinco estrelas mas já estava ciente de não era com aquela Angola que eu um dia tinha sonhado.
Já naquele tempo Angola era um país de farras, de tanta fantasia em todos os aspectos.
E de tanta gente que ja pareciam serem aquilo que na verdade não eram, onde quase tudo já valia e aos poucos estava se tornando automático.
Cansativo e cada vez menos colorido por isso, muito cedo tinha marcado o meu destino.
Tendo passado pela cadeia ou não já tinha a certeza que era uma questão de tempo para mim, riscar Angola dos meus planos quer dizer o destino já estava traçado.
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