Portugal assinala amanhã, 10 de Junho, o Dia da Raça, também conhecido pelo Dia de Camões e das Comunidades. Para as gerações mais jovens, esta data, que foi instituída em 1933, nada lhes diz respeito, ao ponto muitos questionarem sobre a sua importância.
Para os povos africanos colonizados, dentre os quais o angolano, esta data é de triste memória, porque não só servia para enaltecer a «singularidade e os feitos do povo português» face aos outros povos europeus, celebrar a conquista das colónias, mas também para semear o culto de personalidade ao ditador António de Oliveira Salazar.
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Segundo a historiadora Conceição Meireles, professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, «No Dia da Raça e de Camões exaltava-se a nação e o império, a metrópole e as colónias».
A bajulação em torno da figura de Salazar levou a este tipo de xinguilamento político: «SALAZAR, DEVEMOS-TE A ESPERANÇA, DEVEMOS-TE A PAZ, DEVEMOS-TE O FUTURO».
No meio disto tudo, dá para questionar onde ficava Deus?
Qualquer semelhança em matéria de Bajulação com o nosso país é mera coincidência.
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