E a principal visada, foi reconduzida pelo Presidente da República, no cargo de administradora executiva para a Área das Finanças
Vou apenas contar um trecho da história da Empresa Nacional de Correios e Telégrafos de Angola (ENCTA), e depois podem investigar, funcionários ou membros do sindicato, para que essas acusações cheguem ao IGAPE, SIC e PGR.
Após o fim da primeira greve, o IGAPE disponibilizou ao Conselho de Administração da ENCTA o montante de 1.8 biliões de kwanzas, que se destinavam à requalificação e mordenização dessa empresa. O que se sabe é que, com esse dinheiro, de lá para cá apenas foram comprados 10 aparelhos de ar-condicionado. A parte restante do dinheiro só Verónica Evelise de Carvalho Neto da Costa, reconduzida pelo Presidente da República no cargo de administradora executiva para a Área de Finanças sabe qual o destino. O PCA exonerado, Walter Alexandre Pereira Teixeira, disse que o dinheiro entrou na empresa, mas nunca viu.
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Se dúvida existirem, procurem só saber quem são os donos das novas empresa empresas de correios em Angola tais como a Ansil Expresso, Spedef Expresso e Sheine Angola? Todas elas têm altos funcionários da ENCTA. Ou seja: todos envios de correio para Angola quem de facto paga é a ENCTA, mas quando as encomendas chegam aos países os grandes vão para essas empresas que ganham com o lucro. Mas quem paga todas as dividas com a TAAG e a TAP é a ENCTA. É por essa essa razão que a empresa está sempre com dividas que nunca são saldadas, porque os lucros vão em outros bolsos.
Porquê que há roubos de encomendas na Empresa Nacional de Correios e Telégrafos de Angola?
A ENCTA prefere pagar todos meses indemnizações que chegam aos 20 milhões de kwanzas aos clientes, do que pagar 5 milhões a ENNA-EP (A Empresa Nacional de Navegação Aérea- Empresa Pública) para retirar as encomendas na boca do avião, na placa.
Ou seja: as grandes empresas de correio como a DHL, FEDEX e outras pagam a ENNA-EP 5 milhões de kwanzas mensais para que as suas viaturas entrem no aeroporto até na boca do avião, para retirarem as suas encomenda e levá-las, em segurança, para os seus armazéns.
Já a ENCTA não paga e só é permitida a entrada das suas viaturas até ao parque do aeroporto. E as suas encomendas são deixadas na pista dos aviões, são recolhidas pela Gassiste que é também quem faz a selecção e a separação: as que vão para a ENCTA e as que se destinam às demais empresas criadas para sugar a ENCTA. E muitas vezes, as encomendas são deixadas ao relento por três a quatro dias na pista e é aí onde decorrem os roubos praticados por funcionários da ENCTA quando pegam nelas. A preferência tem sido pelos dispositivos eletrônicos como telefones, computadores e vestuário diversos.
A ENCTA é uma das mais antigas empresas públicas e detentora de muito património, sobretudo imobiliário, mas o dinheiro do aluguel não vai para os cofres da empresa. Então para onde vai?
Matéria suficiente para uma investigação séria e profunda. Os trabalhadores tem sim razão para fazer greve.
Katiana dos Santos
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