Caso CNN Angola: Carima, o suspeito



Com a possibilidade de envolver milhões de dólares anuais, a investida do Governo de João Lourenço visando atrair a cadeia televisiva mundial CNN a Angola foi preparada no maior dos sigilos.

Mesmo na Presidência da República, onde tudo foi decidido, o “isco” à CNN era de conhecimento do Presidente, que o autorizou, e de uns poucos colaboradores próximos.

Até mesmo responsáveis e funcionários do Centro de Imprensa da Presidência da República só souberam pelo Club-K de conversações havidas em Londres para que a cadeia televisiva multinacional abrisse uma sucursal em Angola.

Rodeada do maior sigilo, a delegação que João Lourenço mandatou a Londres para negociar a abertura de uma sucursal angolana da CNN entrou na manhã do dia 19 nas instalações da sede europeia da multinacional norte-americana.



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Apenas o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira e o  seu secretário  para a Comunicação Social, Nuno Caldas Albino  integravam a comitiva que deixou Luanda. 

Para transmitirem aos responsáveis da CNN ao que iam, aos dois auxiliares do Titular do Poder Executivo juntou-se em Londres o adido de imprensa da embaixada angolana, Alfredo Carima.

No encontro com Phil Nelson,  vice-presidente executivo da CNN para as operações de negócios internacionais junto de parceiros comerciais fora dos Estados Unidos da América, Mário Oliveira argumentou que Angola precisa de ter uma sucursal da CNN no seu território porque, ao que alegou, o Governo do país sente que é hostilizado pela CNN-Portugal, que é vista em quase todo o território nacional. 

Depois de um hercúleo esforço que foi prestar atenção à longa  e repetitiva peroração dos enviados angolanos, o responsável europeu do canal norte-americano encerrou o assunto com uma negativa que não deu a Mário Oliveira e seus acompanhantes a mínima oportunidade de lançarem mão de quaisquer outros argumentos.

Vergados pelo embaraço que seria transmitir ao Presidente João Lourenço a inflexível posição da CNN, os três membros da delegação reforçaram o compromisso de que o assunto jamais extravasaria para as páginas dos jornais.

Porém, Mário Oliveira e Nuno Albino “Carnaval” ainda não tinham desembarcado em Luanda com a amarga notícia para o Presidente João Lourenço quando o Club-K expôs, com toda a minúcia, não apenas os propósitos da deslocação, como as respostas obtidas e a composição de ambos lados.

Colocado perante os factos, o SINSE concluiu rapidamente que a “garganta funda” estaria em Londres e não é nenhum dos integrantes da delegação da CNN, que, aliás, em momento algum se mostraram comovidos com as alegações angolanas.

Tudo indica que nenhum dirigente da estação televisiva teria interesse em tornar público um assunto tomado como irrelevante.

Excluídos os dirigentes da CNN e os dois auxiliares do TPE, que ainda estavam em viagem, as atenções viraram-se, exclusivamente, para o adido de imprensa da embaixada de Angola em Londres, a única pessoa a quem conviria mostrar a jornalistas que também é conhecedor de alguns dossiers delicados.

No Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social comenta-se que a contagem decrescente de Alfredo Carima em Londres começou a partir do dia em que o Club-K publicou uma matéria que deveria estar fechada a sete chaves.

O Presidente João Lourenço pretendia incluir, entre as suas realizações desse trôpego segundo mandato, a abertura de um canal da CNN, para ombrear com Portugal e Brasil.

Muito pouco dado a limites, se bem sucedido, o Presidente João Lourenço não hesitaria em geminar a CNN à TPA e à Zimbo.

Sem mercado publicitário que valha o nome, a abertura de uma sucursal da CNN em Angola teria de ser integralmente suportada pelo erário.

Correio Angolense 

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