Acção ilegal de Manuel Homem o governador Provincial de Luanda dispara os preços dos produtos da cesta básica



A prática de especulação de preço dos principais produtos da cesta básica aumentou (mais de 50%) de tom nos últimos dias, em Luanda, fruto da acção ilegal praticada pelo Governo Provincial de Luanda, no âmbito do programa de reorganização administrativa e a venda em locais impróprios.


Nas últimas semanas, o Governo Provincial de Luanda encerrou ilegalmente mais de 300 estabelecimentos comerciais em vários municípios que compõem a cidade capital, sob o subterfúgio de "estar a arrumar a casa”. 

O Imparcial Press constatou, por exemplo, que na avenida Cónego Manuel das Neves a maior parte dos estabelecimentos comerciais foram encerrados abusivamente. Situação semelhante se regista no distrito urbano de Hoje-Ya-Henda, município de Cazenga, onde vários armazéns foram também encerrados supostamente por exercício irregular da actividade económica.



Até agora, o Ministério da Indústria e Comércio ainda não se pronunciou sobre a situação, remetendo-se ao silêncio sepulcral. “É importante que ministério da tutela se pronuncie diante da acção ilegal do Governo Provincial de Luanda, uma vez que a população está desemparada”, disse o jurista João Baptista ao Imparcial Press.

Corrupção

Circulam informações de que alguns funcionários do Governo Provincial de Luanda – colocados na Direcção Provincial do Desenvolvimento Económico Integrado de Luanda – estão a aproveitar-se da triste situação, extorquindo os proprietários dos estabelecimentos encerrados ilegalmente para a reabertura.

Segundo as informações postas a circular nas redes sociais (até aqui não desmentidas), os referidos funcionários exigem aos proprietários o pagamento de milhares de kwanzas – os preços variam de 200 mil a um milhão de kwanzas – para a reabertura dos mesmos [estabelecimentos].




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O Imparcial Press apurou que, neste momento, apenas alguns (conta-se aos dedos) estabelecimentos – cujos proprietários cederam à pressão dos funcionários corruptos do GPL – estão abertos, especulando os preços dos produtos no sentido de recuperar o tempo perdido.

“Todas as lojas que estão aqui abertas são daquelas pessoas que pagaram ao chefe Dorivaldo Adão”, apontou ao Imparcial Press um dos nossos entrevistados, ironizando que “eles [os funcionários do GPL] estão facturar bem com esses mamadous [adjectivo atribuído aos cidadãos oeste africanos]”.

Subida dos preços da cesta básica 

Com o encerramento arbitrário de centenas de estabelecimentos comerciais pela Direcção Provincial do Desenvolvimento Económico Integrado de Luanda, associado com a subida do preço da gasolina para 300 kwanzas (contra 160 kwanzas, no mês de Maio) provocou, como referimos atrás, o aumento de preços dos produtos da cesta básica.

Muitos comerciantes optaram, por ambição e apetência de lucro fácil, armazenar o grosso dos seus produtos para dificultar a vida da população luandesa. Na ronda feita pelo Imparcial Press em inúmeras “casas de frescos” era visível a tristeza estampada no rosto dos consumidores que pretendiam adquirir os produtos para o consumo.

Frango, arroz e óleo estão entre os produtos que mais registaram subida nos últimos dias, saindo de 8 a 9 mil para 12 e 18 mil kwanzas, respectivamente. 

Enquanto que, o preço de uma caixa de peixe carapau sai de 24 mil para 38 mil kwanzas.

Domingas colocou as mãos na cabeça quando se deparou com os novos preços. “Estive aqui ontem (terça-feira, 13) para comprar uma caixa de coxa de frango, mas o dinheiro não era suficiente. 

Então decidi voltar hoje com o dinheiro completo e encontrei novos preços”, contou desanimadamente ao Imparcial Press.

Na mesma situação também se encontra um outro cliente que preferiu falar sob o anonimato. “É verdade. Ontem os preços eram mais baixos. Agora estou aqui a analisar se vou comprar o que, porque não posso mais regressar a casa de mãos vazias”, disse, acrescentando que “o Presidente não tem a mínima noção de como a subida da gasolina está a afectar os nossos bolsos”.

ANIESA entra em acção 

A Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) prevê nos próximos dias redobrar as suas acções de fiscalização para travar a especulação de preços na economia angolana.



Em declarações à Rádio Nacional de Angola, o inspetor geral da ANIESA, Diógenes de Oliveira, defendeu que a alteração dos preços no mercado internacional, não pode servir de justificativa para o aumento desordenado dos preços dos produtos da cesta básica.


“Por isso, vamos agir em conformidade com a lei para restabelecer o mercado do consumo”, prometeu.


Imparcial Press




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