TÃO AMIGOS ELES SÃO...- GRAÇA CAMPOS



A publicidade que as correias de transmissão do MPLA e do seu Executivo deram à audiência que o Presidente da República concedeu ao antigo líder da UNITA prova que João Lourenço não desistiu de interferir na vida interna do maior partido da oposição.

É uma postura indigna a um Chefe de Estado, que, em paragens normais, é figura congregadora e não combustível para tumultos internos num partido.

As portas do palácio são frequentemente franqueadas quer para audiências quer para encontros restritos. 

Com toda a certeza, os responsáveis da Omatapalo, Grupo Carrinho ou Mitrelli são frequentemente recebidos no palácio da cidade alta para tratar de ajustes directos de empreitadas públicos. 



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Não há, porém, memória de que as televisões públicas alguma vez noticiaram as idas de Luís Nunes, Nelson Carrinho e outros ao palácio presidencial nas suas vestes de empresários. Os seus negócios e negociatas com o Presidente da República são tratados longe dos olhares da comunicação social pública. 

Ter 77 anos e ter sido presidente da UNITA não faz de Isaías Samakuva uma figura singular, cujas idas ao palácio presidencial devam, necessariamente, merecer a cobertura dos órgãos de comunicação social públicos. 

A barulheira que as estações televisivas fizeram a respeito do regresso de Isaías Samakuva ao palácio presidencial não tem nada de inocente.

Para mais, essa cobertura coincide com o início, nas redes sociais, da nova temporada de ataques à direcção da UNITA e, nomeadamente, ao seu líder Adalberto Costa Júnior.

No fundo, estamos em presença da mesma obsessão do palácio presidencial em criar perturbações internas na UNITA.

Expediente que mesmo não dando quaisquer dividendos políticos e eleitorais ao MPLA, continua, porém, a ser o preferido para envenenar internamente a UNITA.

A frequência com que uma conhecida e muito solicitada página do Facebook cria e recria casos no interior significa que o MPLA antecipou a campanha de desgaste do seu principal adversário.

O que fica por saber é se terá munição suficiente para manter a ofensiva até Setembro de 2026.





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