No inicio de janeiro de 1986, perante uma plateia de estudantes da Universidade de Harvard, EUA, o arcebispo Desmond Tutu equiparou o regime do Apartheid ao “monstro de Frankenstein”. Para Tutu, um regime como o do Apartheid é que nem o monstro de Frankenstein. Ele não se reforma, auto - destroi-se. O Arcebispo fazia analogia ao clássico de Mary Shelley, em que o jovem cientista Victor Frankenstein cria, no seu laboratório, um homem artificial a partir de pedaços de cadáveres e dá vida à sua criatura.
A criatura que ficou conhecida por “Monstro de Frankenstein” rebela-se contra o seu próprio criador, matando pessoas do circulo familiar do cientista. Para não pôr em risco a sociedade, a única solução era a destruição do monstro e não o seu apetrechamento.
Ao fazer analogia deste classifico, o Arcebispo Tutu alertava que “não queremos que o apartheid seja reformado – quem quer que um Frankenstein (monstro) seja reformado? – , queremos que o Apartheid seja destruído”.
Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762
Desde então, vários estudiosos tem equiparado certos regimes autocráticos ao “Monstro de Frankenstein” que se não controlado, é capaz de matar o próprio criador.
Em Angola, José Eduardo dos Santos (JES) criou um “Estado de Frankenstein” que não soube protege-lo a si e a sua família, depois de largar o poder. JES e os seus filhos fugiram do “monstro”. O General Zé Maria, que foi um dos percursores deste Estado, também não confia e tem medo da “criatura” que ajudou a criar, emprestando-lhe dureza.
O antigo comandante Paulo de Almeida, que era capaz de ceifar vidas contra quem se manifestasse pacificamente contra o “monstro”, apareceu, há poucos meses, a lamentar a forma como a criatura o pontapeou.
Tal como sugerido por Desmond Tutu, o Presidente João Lourenço deve aproveitar os quatros anos de poder que restam para decidir se destrói o “monstro de Frankenstein” ou deixar-se devorado pela cria que herdou. A nossa sugestão, é a destruição (desmantelamento das leis) do “monstro”, tal como fizeram os sul-africanos com o regime do apartheid. O “Estado de Frankenstein” deve ser destruído para dar lugar a um verdadeiro Estado de direito e democrático, para que os seus lideres nunca sejam vitimas do “monstro”.
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
0 Comentários