A ministra da saúde, Sílvia Lutucuta, foi operada recentemente no Hospital da Luz, na cidade do Porto, Portugal, estando, segundo fontes convergentes, a "recuperar satisfatoriamente" da intervenção cirúrgica a que foi submetida.
Uma fonte médica contactada a propósito, em Luanda, revelou que a governante foi alvo de uma intervenção cirúrgica de foro ginecológico (extracção de miomas).
Confrontada com o assunto, uma fonte próxima ao gabinete da ministra, falando sob anonimato, não desmentiu nem confirmou a informação, limitando-se a dizer que a governante está ausente do país, de um tempo a esta parte. Prometeu, contudo, fornecer mais dados, caso os venha a ter em sua posse.
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A confirmar-se a informação de que se tratou de uma intervenção de foro ginecológico, levanta-se a pertinente questão: sendo a miomectomia um procedimento rotineiro na maternidade augusto ngangula e noutras unidades de saúde, por que a ministra nao recorreu aos hospitais nacionais?
A suposta falta de confiança nos recursos locais não estará em contradição com a ministra, já que ela tem dado a voz a uma ruidosa campanha governamental que consiste em passar a ideia à opinião pública nacional e internacional de que os serviços de saúde em angola terão melhorado substancialmente?
Depois de ela ter decidido suprimir as juntas médicas baseando-se na premissa de que já há, em Angola, condições de saúde suficientes para evitar essa despesa ao Estado, como se pode justificar que a responsável máxima pela saúde no país não confie no próprio sistema que administra?
Não é a primeira vez que o nome da titular da pasta da Saúde emerge num cenário de polémicas. Em Novembro do ano passado, o jornal digital Club-K havia noticiado que Sílvia Lutucuta teria sido vista a fazer consultas médicas no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.
Na ocasião, uma fonte próxima à ministra desmentiu a notícia divulgada pelo jornal de José Gama, tendo afirmado que Sílvia Lutukuta tinha estado naquele hospital, não em tratamento médico, mas para fazer "o teste da COVID-19".
A mesma fonte, que oficiosamente falava em nome da ministra, disse que ela, quando está em Portugal, tem visitado sempre à referida unidade de saúde para rever "antigos professores e colegas, com os quais tem uma relação de 30 anos".
A informação sobre esta deslocação da ministra ao estrangeiro por motivos de saúde, ocorre poucas horas depois de uma outra ter viralizado nas redes sociais, dando conta que a esposa de JLo, Ana Dias Lourenço, teria sido, também ela, operada numa clínica de luxo em Espanha.
O assunto desencadeou acesos debates entre internautas, muitos levantando a questão acerca da qualidade dos serviços dos novos hospitais, ou se estes serviam apenas para o "povo em geral", uma vez que a elite governante continuava a viajar para o exterior do país, ao mínimo desconforto.
Ilídio Manuel
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