Lá vão eles…- Graça Campos



Este País já viveu momentos em que ministros, directores nacionais e outros dignitários forjavam motivos para se deslocarem ao estrangeiro com o único fito de abocanharem parte das ajudas de custo. 

Nos anos de brasa, ajudas de custo diárias de 200 dólares, acrescidos de 750 "dores" quando se tratasse da primeira viagem do ano, davam jeito, muito jeito.

Já é público que o nosso caixeiro-viajante está de malas arrumadas para mais um passeio. Vai a Londres onde, seguramente, não será colocado ao lado das pessoas que contam verdadeiramente no mundo, aquelas que o Rei Carlos III deseja efectivamente ver na sua coroação.



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Se é para ser colocado nas filas de trás, não seria preferível que o caixeiro-viajante resistisse à compulsão?

Ou as idas ao estrangeiro - 40 desde que é Presidente da República - são incentivados pelas ajudas de custo?

Como Presidente da República, o nosso caixeiro-viajante dispensa as ajudas de custo. O tesoureiro dele leva mala de dinheiro.

Mas, à “cambada” que o acompanha, ajudas de custo dão, seguramente, muito jeito.

Não é por acaso que a alguns dos integrantes da “mobília” de João Lourenço ao estrangeiro são já atribuídos importantes empreendimentos económicos.

É que, e como mostra a sua própria experiência - é “empurrando” um grão de cada vez que a galinha abarrota o papo…

PS: O histórico do Presidente João Lourenço em Londres aconselha a que não se afaste muito do hotel...Não tente testar a sua popularidade em terras de Sua Magestade.




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