DOSSIER FRACCIONISMO “27 / 5 / 1977”: ANA DIAS LOURENÇO A MINHA COMPANHEIRA DE CADEIA DEVERIAS DIZER ALGUMA COISA- FERNANDO VUMBY



Até porque houve mulheres algumas suas conhecidas  que foram violadas,  assediadas e mortas que passaram na mesma cela com ela.


Se bem que me resta respeitar o legítimo direito que ela tem em ficar calada. 


E de  já nem querer saber do que ela  própria vivenciou na cadeia de S.Paulo, vendo com os seus próprios olhos tudo quanto outras mulheres  como ela passaram. 


Como no caso da Luisa Fontes, minha companheira de farda dos tempos de Belize em Cabinda.




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E amiga do bairro da rua B 5 que tentaram violar sexualmente que ainda lutou,  mas acabou morta pelos vistos porque estava na lista para ser executada.


Assim como a  Maria Bartolomeu do bairro Sambizanga, à quem ao longo de um dos interrogatórios até uma  pistola introduziram na vagina, ficando estrangulada o resto da sua vida.


Com o sangue lhe escorrendo pelas pernas quando caminhava em direção a enfermaria com a cara no chão,  como quem estivesse  contando as gotas de sangue que salpicavam.


Então ela que  não precisou que alguém lhe contasse alguma coisa , porque vivenciou.


Todo aquele martírio e abusos cruéis contra as mulheres ficar calada e nunca se pronunciar sobre o assunto uma única vez sequer é normal ?


Sempre que leio relatos de outras mulheres estrangeiras como brasileiras e outras por exemplo contadas por elas próprias, tudo quanto passaram nas cadeias em outras ditaduras.


Algumas delas até publicarem livros  embora ela não seja a única no silencio. 


A primeira imagem que se desfila na minha memória é a desta senhora hoje conhecida por Ana Dias  Lourenço, que naquele tempo apenas tratei e considerei por Any. 



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