Rosalina Domingos, porta-voz INAC Nacional da Criança (INAC), afirmou que no período de 15 a 21 de Abril de 2023, registou um total de 69 casos de violência contra a criança, tendo uma delas ocorrido no município de Viana, onde um tio colocou duas crianças de sete e oito anos a prostituírem-se, em troca de valo- res monetários.
O mesmo tio arranja cliente e cobra os valores, para abusarem sexualmente das menores
O Serviço de Denúncia SOS - Criança, que atende pelo terminal telefónico 15015, recebeu um total de 352 denúncias de violência contra a criança todo o país, no período de 15 a 21 de Abril, com destaque para o caso de exploração sexual de que vem acusado um tio, no município de Viana.
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O tio, segundo Rosalina Domingos, porta-voz do INAC, tem instrumentalizado as duas sobrinhas, de sete e oito anos de idade, para a prática de exploração sexual na via pública, com fins lucrativos.
"Novamente no município de Viana, recebemos a denúncia de abusos sexuais em que são vítimas duas crianças de 7 e 8 anos de idade, de acordo com a denúncia, o mesmo tio arranja cliente e cobra os valores, para abusarem sexualmente das menores", disse, tendo acrescentado que o caso foi encaminhado para o Comando Municipal da Polícia Nacional.
A cidade capital preencheu o relatório do INAC, com um saldo de 69 casos de violência contra a criança. É nesta cidade que o INAC recebeu também, no município de Luanda, duas denúncias de abuso sexual, em que é vítima uma criança de 14 anos de idade, que tem sido abusada pelo pai, de aproximadamente 40 anos de idade.
A pequena tem vindo a ser abusada desde os seus seis aninhos, e viveu calada durante oito anos, diante desta prática recorrente perpetrada pelo seu progenitor. O acusado está detido, e a criança está a ser acompanhada pela direcção municipal da Acção Social.
O outro caso é de uma criança de 15 anos de idade, acto também praticado pelo próprio pai, de 55 anos de idade, que se aproveitava do momento em que a mãe se ausentava para ir trabalhar, uma vez que a mesma trabalha no período nocturno.
De acordo com a denúncia, os familiares se aperceberam por meio da mãe de uma amiga da menor, uma vez que a vítima desabafou com a sua amiga através das redes sociais.
Rosalina Domingos continua a aconselhar a protecção da criança contra a violência, e chama a atenção que todos devemos ser responsáveis por esta protecção. Nunca se calar, perante um acto de violência, e ligar para o 15015, é o que se recomenda. OPAÍS
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