Ana Clara Guerra Marques, coreógrafa e bailarina, resumiu o estado da nação numa frase: “O país, como está, não permite a ninguém sonhar com nada.”
O MPLA lançou recentemente uma campanha de “moralização”, visando (entre outros tópicos) o combate à corrupção, nepotismo e à bajulação.
Surpreendentemente, o combate à bajulação aparece no cardápio como um tópico provocador e para o qual são todos atraídos.
Isto porque, no seu primeiro mandato, o Presidente João Lourenço já tinha querido adormecer a crítica com a mesma cantilena e deu no que deu.
Uma desilusão. Desilusão não só porque pouco ou nada se fez para estanca-la, como foi instigada, ainda que por omissão permanente do bajulado.
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Diante da omissão do bajulado, a horda de bajuladores sentiu-se, claramente, incentivada a prosseguir na sua saga bajuladora.
Jamais se ouviu do bajulado o repúdio. Desde logo, não pode dizer que desconhecia a bajulação: ela é visível em todos os órgãos de comunicação social públicos e nos fervorosos comícios do MPLA.
Num segundo momento o bajulado terá simulado (parece óbvio) algum incómodo. Mas, de seguida, abriu o jogo, admitindo que era incompetente para travar a onda vermelha, preta e amarela de bajulação.
Pelo contrário. Subsidiou a de várias maneiras e até premiou alguns dos seus expoentes com cargos governamentais.
O mesmo aconteceu com aqueles que no passado tinham o nome ligado à corrupção e que foram recompensados com “tachos”.
A opinião pública quer saber qual é a espécie de combate à corrupção adoptada. Ademais, o que significa a seletividade de alvos e o que se quer, efectivamente, nesse combate “obscuro” da corrupção.
O combate à corrupção é tão “obscuro ” que a PGR se recusa a prestar esclarecimentos sobre os resultados da sua acção de recuperação de activos e os resultados da perda alargada de bens dos marimbondos.
Até porque “marimbondo não fatiga marimbondo” diz-se na linguagem popular. Assim como o nepotismo.
Não desaparecerá por via de campanhas de publicidade partidária e ao mesmo tempo ignorando-se, olimpicamente, a lei vigente.
Sobretudo, a lei imanente à probidade pública. O MPLA não assume o seu passivo de corrupção e finge-se de morto. Parece que todos participaram do banquete.
Correio Angolense
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