Circula em meios do Serviço de Investigação Criminal (SIC), informações segundo as quais a direcção deste órgão recebeu “orientação superior” determinando que o ativista Nelson Adelino Dembo, mais conhecido por “Gangsta”, seja localizado pelas forças de segurança num espaço de 15 dias. A busca pelo activista entrou em vigor a partir desta segunda-feira (17).
Contra o activista pesa um processo com a referencia 604/021-050SIC/ PGR-635/022-C, na qual é acusado de vários crimes, de dentre os quais, o de injurias contra a imagem do Presidente da República, por alegadamente ter dito durante uma manifestação da UNITA, que o Presidente João Lourenço não governa bem.
No dia 28 de setembro de 2022, o diretor do Gabinete de Estudos, informação e analise, sub-comissário Helder Tomé de Sousa Queiroz produziu um oficio numero 852/GEIA.SIC.MININT/02.DPOC/2022, direcionado aos órgãos centrais do regime, solicitando “orientações superiores” de como deveria actuar contra o activista “Gangsta”. O pedido do sub-comissário Helder Queiroz levou a interpretação de que estaria a propor as autoridades luz verde para proceder com alguma maldade contra o activista “Gangsta”.
Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762
Interrogado, na altura pelo SIC, “Gangsta” explicou que (os pronunciamentos) foram feitos num contexto de manifestação, mas que apesar dos excessos nunca teve qualquer intenção em fazer apologia a praticas de crimes e nega categoricamente as acusações a si dirigidas. O procurador José Domingos Henriques Lino, no seu despacho defendeu que a moldura penal contra Nelson Adelino Bamba “Gangsta” é a penalidade de prisão até 3 anos e multa até 360 dias.
Dois dias depois de “Gangster” ter sido interrogado, o procurador José Lino decidiu imitir um termo de identidade e residência (TIR), em que restringe as liberdades do ativista, determinado que o mesmo não pode sair do país, ou da província de Luanda sem previa autorização da PGR. Determina ainda que o mesmo não mudar de residência, nem ausentar-se dela por mais de cinco dias, e deve indicar pessoas que tome o encargo de receber notificações. É-lhe ainda solicitado para não perturbar a instrução do processo, e comparecer perante ao instrutor mensalmente.
Depois de receber uma denuncia de que as autoridades planeavam fazer mal contra a sua pessoa, o activista “Gangsta” desapareceu do mapa encontrando-se em parte incerta, num local a que chama de “bunker”. Há algumas semanas irritou o regime angolano ao liderar um novo formato de protesto em que ninguém sai de casa para ir trabalhar.
Sem informação sobre o paradeiro de “Gangsta”, o regime angolano lançou internamente uma campanha para captura do activista. Há relatos que o regime colocou em campo o comissário Fernando Manuel Bambi Receado, para ajudar na localização de “Gangsta”.
Fernando Receado, actualmente DG adjunto do SIC tem a reputação de ser um dos melhores quadros do aparelho de segurança em colher confissões recorrendo a tortura e a outros métodos sádicos. Teve recentemente no sul de Angola, havendo informações de que foi “baixar ordens” aos oficiais do SME junto as fronteiras nacionais para haver garantias de que o activista não saia do país.
Club-K
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
0 Comentários