Por desfalcar os cofres do Estado Higino Carneiro vai ser condenado a 16 anos de cadeia



Higino Carneiro volta a ser notícia e, desta vez, depois do badalado assunto de pretender ser o candidato do MPLA à Presidente da Repúlica nas próximas eleições – gerais, assim como o polémico caso da despronúncia feita pelo presidente da Câmara Criminal do Tribunal Supremo, Modesto Daniel, por alegadas ordens do presidente do TS, Joel Leonardo, o general reformado é acusado de crime de peculato e de causar prejuízo aos cofres públicos em mais de 100 milhões de dólares

  De acordo com notícias postas a circular em diversos portais, a Procuradoria-Geral da República já terá remetido ao Tribunal Supremo, para julgamento, um processo em que o reformado general Higino Carneiro é acusado de crime de peculato. O general Higino Carneiro é acusado de causar prejuízo aos cofres públicos em mais de 100 milhões de dólares.



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Instruído há já bastante tempo pela Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal, o processo contra Higino Carneiro andava a “marinar” numa gaveta do procurador-geral da República, Hélder Pitta Grós.

Os mais recentes pronunciamentos públicos de Higino Carneiro, em que se insinua como pretendente aos cargos de presidente do MPLA e da República, em pretensa obediência a uma profecia do pai, fizeram soar os alarmes.

O alegado crime de peculato terá sido cometido durante o seu consulado de governador do Cuando Cubango, cargo que exerceu entre 2012 e 2016. Na altura, Higino Carneiro adjudicou, sem concurso, empreitadas de milhares de milhões de dólares à NNN Lda, uma empresa parcialmente detida pelo seu genro Nuno LaVieter, esposo de sua filha, Yolanda Carneiro.

A este propósito, Higino Carneiro, e seu genro, são acusados de terem construído, com dinheiro do Estado, resorts e outros empreendimentos luxuosos privados, na capital do Cuando Cubango, Menongue e arredores.

Higino Carneiro interpretou como autorização para o assalto aos cofres públicos um elogio do falecido Presidente José Eduardo dos Santos a um empreendimento público construído pela NNN Lda.

Desde então, sublinham as notícias, o governador do Cuando Cubango nunca mais recorreu ao concurso público para a adjudicação de qualquer empreitada pública.

No caso do general Higino Carneiro, sobre quem pesam acusações de alegado envolvimento em crimes de peculato, violação das normas de execução orçamental, desvio de somas milionárias, abuso de poder e branqueamento de capitais, depois de ouvido na DNIAP/PGR, o processo estagnou por causa das “imunidades” que beneficiava enquanto deputado.

Realce-se que Higino Carneiro também foi formalmente acusado de alegada gestão danosa de bens públicos, praticados enquanto governador da província de Luanda, no período entre 2016 e 2017.

Entretanto, instrutores da PGR teriam interrompido as investigações após terem realizado um rastreio às contas do Governo Provincial de Luanda, que terão revelado que fundos entraram para contas controladas pelo Comité Provincial do MPLA de Luanda, e por sua vez, foram usados para a campanha eleitoral deste mesmo partido, para pagamento dos seus fiscais eleitorais.

Contudo,  o procurador-geral, Hélder Pitta Grós garantiu, na altura,  que o seu processo, entre outros, seria presente ao tribunal, porém, passaram-se anos sem que tenha havido sinal de que isso fosse acontecer.

 Segundo especialistas, pelo conjunto de crimes de que é acusado, e também pelas manobras que têm sido realizadas para escapar à justiça, Higino Carneiro vai apanhar 16 anos de cadeia, como pena máxima!


J24Horas 




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