Há quase uma semana que milhões de trabalhadores se manifestam, por vezes de forma violenta, contra o aumento da idade para a reforma – que o Governo de Emmanuel Macron esticou para “míseros” 64 anos.
Os trabalhadores franceses querem antecipar a idade para a borga e a pândega.
Sãos aos milhões os franceses que protestam nas ruas contra a decisão do Governo.
Apesar dos tumultos, ninguém na França atribui aos manifestantes propósitos golpistas.
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Não há um único francês que veja em qualquer dos manifestantes o propósito de derrubar o Governo.
Em Angola, os “engenheiros” do sistema enxergam tentações golpistas em qualquer acto reivindicativo.
Segundo esses “especialistas”, por detrás de qualquer apelo à uma manifestação de protesto estará, sempre, o propósito de derrubar o governo “legitimamente eleito”.
Há poucos dias, milhões de sul-africanos saíram às ruas para contestar políticas governamentais.
Apesar da enorme adesão, não há notícia de que a Polícia tenha batido a porta de Julius Malema, o líder do Partido Combatentes da Liberdade Económica, que convocou as manifestações.
A Constituição da República de Angola protege o direito à manifestação.
O n.º 1 do Artigo 47. º estabelece que é “garantida a todos os cidadãos a liberdade de reunião e de manifestação pacífica e sem armas, sem necessidade de qualquer autorização e nos termos da lei”.
No entanto, o seu exercício é cada vez mais visto como uma tentativa de derrube do Governo de João Lourenço.
Porquê será que somos tão diferentes dos outros?
Porquê será que dirigentes políticos, músicos e até mesmo jornalistas veem no exercício do direito ao protesto uma ameaça ao Governo?
Porquê?
Em França, as manifestações deram lugar a detenções de umas poucas dezenas de pessoas.
Em Angola, haveria, sem dúvida, um banho de sangue.
Repete-se: porquê será que somos tão diferentes dos outros?
𝐉𝐮𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐒𝐨𝐦𝐨𝐬 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐒𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐒𝐨𝐜𝐢𝐚𝐥
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