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O Presidente do MPLA não deixará, obviamente, de associar-se à dor e luto do Engº António Venâncio, seu quase adversário no último congresso do Partido.

João Lourenço é muito sensível à morte, especialmente de estrangeiros.

Em 2021, ele esteve entre os primeiros estadistas que endereçaram mensagem de condolências à falecida Rainha Elizabeth II pela morte do seu marido, Príncipe Philipe, um “branco alheio” que, muito provavelmente, em toda a sua vida nunca ouviu falar de que tanto se condoeu com a sua morte.


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Não são conhecidos muitos casos em que João Lourenço se tenha comovido com a morte de angolanos.

Em 2020, o médico pediatra Sílvio Dala foi espancado até à morte numa esquadra policial e o Presidente da República não disse uma palavra.

Dois anos depois, outro médico, Francisco Vieira, de 37 anos, vice-secretário-geral do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA), foi encontrado morto numa via pública de Luanda com sinais de espancamento. Mais uma vez o PR manteve-se impassível.

Recentemente, os corpos de oito jovens detidos pelo SIC em Cacuaco apareceram na casa mortuária do Hospital Maria Pia.

Para não variar, a João Lourenço o assassinato dos jovens não comoveu o Presidente da República.

António Venâncio não é um cidadão comum.

Na história do MPLA pós-independência de Angola foi o primeiro militante que desafiou o líder em funções na disputa pela direcção da organização.

Por essa razão, ele já entrou na história do Partido como o primeiro... 

A morte de 8 pessoas de uma só família é um golpe que mexe com o coração de todas as pessoas. A menos que no lugar do coração, algumas pessoas tenham pedras.


          𝐉𝐮𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐒𝐨𝐦𝐨𝐬 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐒𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐒𝐨𝐜𝐢𝐚𝐥




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