Fonte policial d'O Telegrama, e confirmada por uma entidade governamental, dá ainda conta de um clima de crispação entre o Serviço de Investigação Criminal (SIC) e o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, havendo mesmo acusações mútuas de extravio de uma parte do dinheiro encontrado nos escombros do "Prédio 41". O ministro da Indústria e Comércio, antigo morador do prédio, é suspeito de ser o "milionário não declarado" procurado pelas autoridades
Está aberta uma “guerra sem quartel” entre os dois ramos de Ordem Interna e Segurança Pública, por conta de uma elevada quantia monetária encontrada nos escombros do “Prédio 41”, que desabou na madrugada de Sábado, 25, no Kinaxixi, em Luanda.
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De acordo com uma fonte compulsada por este jornal, os valores encontrados entre os escombros em malas e caixas rondam os mais de 200 milhões kwanzas. O dinheiro em causa, que até ao momento não foi reivindicado, foi achado pelo Serviço de Proteção Civil e Bombeiros, o primeiro a chegar ao local.
Sem contabilizar “cada kwanza”, o Serviço de Proteção Civil e Bombeiros recusa-se em proceder à entrega dos milhões ao Departamento de Combate aos Crimes Financeiros e Fiscais do SIC-Luanda. Há uma gritante falta de confiança entre os dois órgãos.
“Os bombeiros já tinham entregue algum dinheiro, mas agora estão a fazer resistência de entregar a outra parte depois de terem notado indícios de desvio das verbas no SIC”, confidencia a fonte, acrescentando, ainda, que, em função dos milhões encontrados, várias altas patentes da Polícia Nacional se sentiram tentadas a intervir no assunto, pondo de lado os responsáveis provinciais do SIC e do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros.
De momento, ao que O Telegrama apurou, o SIC procede agora a uma série de averiguações para achar o “milionário” que, até ao momento, não reivindicou o dinheiro encontrado nos escombros do edifício de seis andares.
MORADORES CHAMADOS À INTERROGATÓRIO
Nos próximos dias, todos os moradores serão chamados para interrogatório, sendo que o mais famoso é o ministro Victor Fernandes. O Novo Jornal noticiou que o ministro da Indústria e Comercio chegou a abandonar o seu apartamento, no 1º andar, um dia antes do edifício ruir.
Entretanto, segundo fonte oficial, “todos são suspeitas, e não descartamos qualquer possibilidade de este dinheiro pertencer ao ministro, aliás, aquele dinheiro não pode ser de um cidadão comum”. E acrescenta: “pelos dados recolhidos, o ministro da Indústria e Comércio estava a proceder com a mudança, não tinha acabado de abandonar ou retirar a totalidade dos seus pertences do edifício”.
O Telegrama tentou, sem sucesso, ouvir o ministro Victor Fernandes. Já o porta-voz nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Félix Luciano, descarta qualquer contenda entre os dois organismos neste processo. “Não há qualquer conflito, até porque as forças são unificas, e quem coordena o delegado provincial do Ministério do Interior”.
Luciano confirma os valores encontrados, em números ainda por se quantificar, uma vez que decorre o processo de verificação dos escombros onde foram encontrados os valores. “Devido ao aproveitamento de algumas pessoas, tomou-se a decisão de se depositar os escombros (da parte onde foram achados os dinheiros) na Unidade Central dos Bombeiros, no 1º de Maio (Luanda), para se fazer um estudo de verificação e só depois dar o destino competente”, afirmou o intendente, tendo acrescentado que “as autoridades ainda não sabem quem é o dono do dinheiro”.
O Telegrama
𝐉𝐮𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐒𝐨𝐦𝐨𝐬 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐒𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐒𝐨𝐜𝐢𝐚𝐥
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