MEMÓRIAS "MISSÃO DE RISCO MAS IMPORTANTE 1976: QUE TINHA FICADO EM ÁGUAS DE BACALHAU FOI PRECISO ESPIONAR O AMBRÓSIO ALPEGA

Hoje quando vejo a máfia angolana a prosperar e o envolvimento de oficiais superiores do exército.

Metido em quase tudo que é negócio dúbio e até mesmo criminoso onde para isso tem valido tudo até mesmo matar como se já não bastasse.

O uso e abuso do poder de autoridade e influência não me espanta.

Porque isso já vem de longe. foi apenas se consolidando e fortalecendo cada vez mais ao longo do tempo, ao ponto tal que já se tem passado de gerações para gerações.

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Subornos , tráfico de influências entre outras práticas indecorosas semelhantes.

Como disse já vem de longe e como prova deixo-vos aqui um pequeno relato entre muitos que tenho para vos brindar podem crer, alguns arrepiantes e com imagens aterrorizantes.

Para aqueles que não sabiam fiz parte do primeiro grupo de quadros operativos da Contra Inteligência Militar.

Atenção não confundem com a DISA, pois eram duas instituições completamente diferentes uma da outra, nossa esfera operativa era exclusivamente dentro e arredores do exército e tudo que fosse militar.

Por isso é que estavamos distribuídos em tudo quanto fosse unidade militar ou departamento como tal dentro do Angola.

Eu respondia por essa que é na minha opinião a maior unidade militar que Angola tem ou tinha, pois aquilo era composto por dois sector o militar e logístico de um lado o Dimuka e do outro o mais velho Che Guevara.

O Ambrósio Alpega era considerado nem sei se obedecendo que critério de comandante, trabalhava junto do Dimuca, eu quando fui lá destacado com um ofício passado pelo ministro da defesa na altura Iko Carreira.

Depois de ter montado o meu gabinete de trabalho e aplicado todo o sistema de selagem para me manter confiante e seguro de que na minha ausência ninguém se arriscasse a entrar lá.

O Alpega foi o primeiro oficial que tinha caído nas minhas análises e investigações para ser espionado de forma implacável.

O tipo tão curioso querendo saber qual era a minha missão concreta dentro daquela unidade usou quase tudo, desde processos de aproximação e ate de suborno para ver se eu lhe abrisse o jogo.

Mas eu que nunca tive preço e estava lutando para conseguir fazer despachos diretos com o Agostinho Neto dado o volume de casos que conhecia, não lhe fui presa fácil.

Montei todo o esquema inclusive transformei um polícia em militar e infiltrei dentro do sector controlado pelo Dimuka .

Alepa tinha vindo do exército portugues onde foi dos comandos e tinha ligações extraordinárias.

Com o Iko Carreira um ex piloto da armada portguesa , muita coisa nele despertou a minha atenção e indícios de que por detrás daquela relação estava escondido alguma coisa.

Ele conduzia na altura um mini morris cor de vinho e tinha homens que suportava que lhe faziam o transporte das brilhantes independente disso.

Conclui mesmo que já era testa de ferro de Iko Carreira em negócios dos primeiros de grande envergadura dentro de Angola como o fomoso ( Gelados Alpega ).

Muita gente não imagina o que se escondia por detras desse negócio.

Que nunca poderia ter pernas para andar se nós fossemos na verdade respeitados como operativos e nosso trabalho para bem de Angola e dos angolanos.

Ja imaginaram o que é um equipamente técnico terem vindo da África do Sul?

Numa altura em que o país estava a ser atacado pelos sul africanos e com documentos encontrados numa das casas do Alpega razurados para disfarsar a origem?

Sobre isso e a missão secreta onde foi preciso se controlarar a respiração durante uma noite debaixo da cama do Alpega numa das suas residencias.

Na espera que ele saisse para se fotografar as provas fica para a terceira parte dessa cronica ja que as minhas cronicas têm sempre continuação.

Fernando Vumby