Dirigido por “marimbondos” – Banco Yetu vai encerrar por desvio de fundos públicos e branqueamento de capitais



O estrondoso escândalo do desvio de fundos do Tribunal de Contas de Angola que foram transferidos para Portugal em nome de Hailé Cruz, filho de Exalgina Gambôa, então presidente do referido tribunal, além de toda a sua envolvente pejorativa ao Estado angolano, reaviva a velha questão, que tem sido propositadamente adormecida, da existência de determinados bancos que só foram criados para delapidar a economia nacional e branquear os capitais roubados

O caso de Exalgina Gambôa, que teve de demitir-se do cargo de presidente do Tribunal de Contas e, passe a ironia, está agora a “contas com a Justiça”, sendo alvo de um processo-crime que decorre os seus trâmites na Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes de peculato, extorsão e corrupção, sendo que, igualmente, foi constituído arguido o seu filho, Hailé Vicente da Cruz, pelos crimes de extorsão e corrupção.

Os valores desviados para Portugal acabaram por ser bloqueados pelas autoridades portuguesas que suspeitaram de crime e comunicaram prontamente o facto às autoridades angolanas.



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Na altura, a então presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gambôa, desdobrou-se em tentativas para desbloquear as mesmas contas bancárias em Portugal, mas não conseguiu o que pretendia.

As referidas operações bancárias, fraudulentas, foram efectuadas no Banco Yetu, em Angola, entre Abril e Maio de 2021, correspondendo a 2,5 milhões de euros e mais 500 mil dólares. 

Apesar de se tentar “abafar” o caso, os recentes escandâlos que abalaram o poder judicial  no país, envolvendo Joel Leonardo, presidente do Tribunal Supremo e do Conselho Superior da Magistratura Judicial e, como referido, Exalgina Gambôa, a opinião pública questiona o papel de determinados bancos nos “esquemas” de desvio de fundos públicos e branqueamento de capitais, como é o caso do Banco Yetu.

O referido banco, quando se viu “enrrolado” no escândalo, ainda tentou desmentir o “indesmentível”, o que só acrescenta a sua culpa no cartório.

Numa nota de imprensa posta a circular na altura referia: “O Banco Yetu desmente a notícia que dá conta de uma suposta operação financeira para o exterior do País, a favor de um cliente institucional, como determinados sites divulgaram (recentemente) nas redes sociais”, acrescentando que “vimos informar à opinião pública que tais operações nunca ocorreram, tão pouco tiveram origem nesta nobre instituição financeira”.

Assim sendo, quem seriam então os mentirosos? O próprio banco ou Exalgina Gambôa e seu filho, que pertenceu ao seu Conselho de Administração  e para onde a então presidente do Tribunal de Contas domiciliou as contas da mesma instituição? Ou as autoridades portuguesas que congelaram as contas no seu país e divulgaram que o dinheiro provinha do Banco Yetu?

Como se vê agora, diante das revelações vindas a público, tal tentativa não surtiu efeito. Segundo analistas do sector económico-financeiro angolano, o Banco Yetu “há muito que deveria ter fechado as portas por incumprimento  dos requisitos estipulados na Lei de Bases das Instituições Financeiras e do Aviso n.º 02/2018 do Banco Nacional de Angola (BNA)”.

Se tal ainda não aconteceu, sublinham, “deve-se ao facto de ser protegido ao mais alto nível, considerando que o seu Conselho de Administração e a Comissão Executiva serem compostos por ‘marimbondos’, que, no âmbito do combate contra a corrupção, há muito deveriam ter sido julgados e presos, pois todos eles, desde o regime anterior, em que ocuparam diversos cargos no Executivo, têm participação activa na delapidação do erário que atirou o país no abismo da desgraça”.

“A PGR, que está já a trabalhar no caso, tem que investigar minuciosamente as actividades do Banco Yetu, assim como de cada um dos membros do seu Conselho de Administração e da Comissão Executiva, para prestarem contas à Justiça por todo mal que têm causado ao país”, referem.

Por outro lado,  apelam ao BNA, na qualidade de organismo de supervisão e garante da estabilidade do sistema financeiro nacional, a suspender urgentemente as actividades do Banco Yetu, até que a PGR se pronuncie sobre as ilegalidades que têm sido praticadas no mesmo. Mais desenvolvimento sobre este assunto, que não se esgota aqui, em próximas edições! (J24 Horas) 


          𝐉𝐮𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐒𝐨𝐦𝐨𝐬 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐒𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐒𝐨𝐜𝐢𝐚𝐥




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