O ministro da Energia e Águas esteve ontem no jornal da noite da TPA, a convite da televisão pública, para " esclarecer" a crise do CAFU, cujo canal não resistiu aos primeiros testes do "fiscal" incorruptível que atende pelo nome de chuva.
A ida de João Baptista Borges à TV estatal ocorreu poucas horas depois de a UNITA ter publicamente anunciado que iria solicitar uma " audição parlamentar" ao referido auxiliar do TPE. Horas antes, o órgão encabeçado pelo super ministro JBB havia feito sair um comunicado de imprensa, que tinha sido amplamente divulgado pela mídia pública, no qual explicava as razões do desabamento das placas de cimento do canal.
Sintomaticamente, o meio recorrido foi à mesma imprensa que sempre pintou o canal de cores arco-íris e nunca admitiu o mínimo erro na sua construção. Na visão daltónica da mídia pública, a obra, como se fosse a do *século ", jamais iria desabar ou, no mínimo ,"meter água" pelos seus poros. Para a execrável máquina de propaganda ao serviço do Executivo, tudo funcionava às mil e uma maravilhas e nada fazia prever um cenário catástrofico...
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Com a ida do ministro à mãe de todas as TPA'S, à UNITA foi-lhe retirado o " tapete" para " pedir a cabeça" de JBB em sede parlamentar. Com o "frete" da TPA, a bancada parlamentar do " M" tem agora à mão um argumento para esvaziar as pretensões do partindo arqui-rival, poupando assim o ministro de um julgamento " popular".
Até prova em contrário, tudo aponta que a ida do ministro à TPA não foi inocente, visto que terá obedecido a uma agenda previamente delineada. Aconteceu em tempos com a ministra da Saúde quando a UNITA pediu a sua cabeça no Parlamento. À Silvia Lutukuta foi-lhe dado palco nessa mesma TV para evitar uma ida ao Parlamento.
Na sua visita "pacífica" à TPA, JBB não foi minimamente perturbado pelo entrevistador. Fez um " passeio" pelo CAFU... O entrevistador Ernesto Bartolomeu que tinha o " velhinho" canal do Kikuxi mesmo na ponta do seu nariz, não questionou ao seu entrevistado por que a obra de Viana teve uma sorte diferente da sua congénere do CAFU que, em menos de um ano, viu as suas paredes desabarem à passagem das águas das chuvas...
No que pareceu ser um jogada combinada entre o entrevistador e o seu convidado, aquele colocou-lhe palavras na boca, de forma a ilibar as responsabilidades ao dono da obra, passando as mesmas a ser assumidas pelo empreiteiro chinês. Custava muito ouvir a versão do empreiteiro asiático?
Assim vai a nossa fingida democracia de um Parlamento esvaziado de poderes para fiscalizar as acções do Executivo e o papel execrável de um jornalismo " lentilhado", subserviente do poder político .
Ilídio Manuel
𝐉𝐮𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐒𝐨𝐦𝐨𝐬 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐒𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐒𝐨𝐜𝐢𝐚𝐥
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