No" África Magazine" deste sábado ouvi os analistas residentes desse programa da RNA, quando se referiam ao 4 de Fevereiro, a acusarem os jovens de anti-patriotas por não respeitarem o sacrifício e legado dos nacionalistas que, segundo eles, deram início à luta armada de libertação nacional.
Para eles, era legítima as acções desenvolvidas por aqueles " kotas" que se bateram com armas na mão contra o colonialismo, ao contrário dos jovens que hoje lutam por meios não violentos contra as injustiças sociais e pela usurpação dos seus direitos consagrados na CRA.
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Recordei-me que escrevi há uns anos um post quando na mesma data o nacionalista Amadeu Amorim (AA) disse à RNA que era necessário ter CUIDADO com os jovens para eles não aderirem aos ideais das chamadas «Primaveras Árabes»! Será que o cota AA e os restantes nacionalistas que, em meados do século passado, desencadearam o célebre "Processo dos 50" não tinham ideias próprias sobre as injustiças do sistema colonial português quando levarem a cabo as suas reivindicações? Eles inspiraram-se em alguma Primavera para protestar contra o colonialismo?
Dizem os manuais de Histórias que as Revoluções ou as manifestações de protesto ocorrem em contextos em que estejam reunidas as condições sociais objectivas e subjectivas. Assim sendo, é preciso que alguém de fora venha cá dizer aos nossos jovens que eles não têm escolas, universidades, empregos, habitações condignas, assistência médica e sanitária e perspectivas de vida?
Numa data como o 4 Fevereiro, supunha-se que AA lançasse as pontes do diálogo com a juventude, ao invés de infundir ideias de que os jovens serão os «maus da fita» e como tal devem ser vigiados e reprimidos quando reivindicam os seus direitos por meios pacíficos, sendo um deles as manifestações de protesto que estão consagradas na CRA .
𝐉𝐮𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐒𝐨𝐦𝐨𝐬 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐒𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐒𝐨𝐜𝐢𝐚𝐥
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