O GENERAL KANDANDA FOI INFELIZ

O Gen. Tiago Kandanda é um veterano da luta pela libertação do nosso país contra o julgo colonial, contra o expansionismo russo-cubano e pela Democracia em Angola. Foi o primeiro mutilado da UNITA, vítima de uma mina colocada pela FNLA, amputando-o os membros inferiores sendo assim um dos poucos mutilados de guerra contra colonialismo português. Infelizmente o nosso veterano, também foi conjurado da CASA-CE, do PRA-JA e agora da FPU. Moralista sem moral.

Foi infeliz e deselegante ao juntar o Velho Samakuva no grupo dos que estavam a negociar a decapitação do Dr. Savimbi. Mentira e pura mentira. Soubemos tudo e no que mais tarde veio acontecer e a sua fuga de Luanda por causa da perseguição dos antigos "companhair du rotour", que a todo custo queriam o degolar ou força-lo a aceitar o CRU. No Aeroporto 4 de Fevereiro, entrevistado por jornalistas da Eclésia e questionado sobre o surgimento do CRU e a suposta destituição do Dr. Savimbi da presidência, ele foi peremptório em afirmar: " isso nunca aconteceria porque não foram eles (CRU) que o colocaram lá como se fosse roupa estendida e que facilmente pode se recolher".

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Depois de 2003 o partido com o Velho Sá ao leme andou bem, tendo como primeiro passo a aceitação da UNITA, consciêncializando a população, na necessidade de uma sã convivência, que é algo normal, exemplificando vários clubes de futebol onde adeptos de uns e de outros cruzavam-se normalmente. Não faltaram os "puxa calças", mesmo assim geriu aspectos internos com sabedoria e ponderação, sendo os aspectos internos, os que mais dominavam as reuniões tanto do CP como da CP.

A intolerância política era a tónica dominante em todo quadrante nacional com mortes, cadeias, agressão física, colocação de minas, ataques à viaturas e muito mais. Mesmo assim a UNITA agigantou-se e "a menina ficou bonita " ao ponto de todos a desejarem. Mesmo com investida na verdadeira implosão da UNITA com a criação da CASA-CE cujo o senhor general foi parte integrante deste maléfico plano de reduzir a UNITA à insignificância política.

Os dados de 2022 não fogem muito aos verdadeiros dados de 2017. Foi a continuação do esforço anterior e o que houve foi um elã que se deu naquilo que já era nosso e fruto da situação periclitante que o país atravessa que é de extrema crise económica, social e estrutural e que nem daqui à 10 anos o MPLA poderá ultrapassar, só com uma oposição séria (e não dos que recebem dinheiro nas térmicas) poderemos ter a assunção do poder político e exerce-lo devidamente.

Demetrio Kokelu Tulumba.