Virgílio Ferreira de Fontes Pereira, o líder da bancada parlamentar do MPLA, é segundo o semanário “Novo Jornal”, contra a ideia de uma alteração da constituição da Republica no presente contexto, tendo em conta que a carta magna já sofreu algumas mexidas pontuais há menos d dois meses.
Em círculos políticos com poder de analises, remetem a posição de Fontes Pereira, a um proliferado temor no interior do MPLA, de que uma eventual alteração da constituição no presente contexto, possa a ser aproveitada pelo líder do partido João Lourenço, para “fabricação” de uma abertura que o levaria a se apresentar para um terceiro mandato presidencial depois de 2027.
Em finais de 2022, o Presidente João Lourenço disse estar pronto a iniciar discussões com os partidos da oposição sobre alterações à Constituição algo que a UNITA diz aceitar, mas sem qualquer alteração ao limite a dois mandatos do Presidente.
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A nível do MPLA, apenas um pequeno grupo, sem expressão, liderado pelo general José Tavares Ferreira, e secundado pelo militante Mario Durão, terão assumido a responsabilidade de mobilizar apoios junto de sectores da sociedade para o inicio de debates sobre um eventual terceiro mandato presidencial de João Lourenço. Já a massa pensante na qual se incluem os parlamentares é totalmente contra.
“Na minha opinião, não sou favorável, para já , a uma alteração da constituição, depois da que ocorreu recentemente”, revelou ao Novo Jornal, o Presidente do grupo parlamentar do MPLA.
Já a UNITA, na voz de Liberty Chiaka, justifica a urgência em se alterar a constituição pelo, facto de, entre outras coisas, o próprio partido que a aprovou, em 2010, ter agora reconhecido que o actual texto “é atipico”.
“sendo uma constituição atípica, quer dizer que não estava à medida daquilo que deveria ser a Republica de Angola (...) Precisamos de fazer uma revisão da nossa constituição. A constituição está desequilibrada, começando pela distribuição de poder”, pontou Liberty Chiaka, quando entrevistado pelo semanário Novo Jornal.
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