Acusações de atribuição salarial atípica a membros do Conselho Directivo, gastos e deslocações anárquicas figuram entre as insuficiências detectadas na Ordem dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas de Angola, para qual o Conselho Fiscal exige intervenção do Ministério Público.
A Ordem dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas de Angola (OCPCA) propôs, em Luanda, ao Ministério Público uma acção penal contra membros do Conselho Directivo da instituição por alegados desvios de fundos e o cometimento de várias irregularidades, refere o relatório final de uma sindicância realizada a 19 de Dezembro de 2022 e concluída a 10 de Janeiro do presente ano.
Contactado por este semanário um dos membros visados na sindicância, no caso o presidente do Conselho Directivo da OCPCA, Manuel Ribeiro, diz ter conhecimento da sindicância, sendo que, estando o processo a decorrer, considera inoportuno tecer quaisquer esclarecimentos.
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"Nós temos conhecimento de que o processo está a correr e estando a decorrer, julgamos da nossa parte neste momento são ser ideal falarmos", sublinhou Manuel Ribeiro.
No âmbito do processo de sindicância n.º 01/2022, realizado pelo Conselho Fiscal da OCPCA, o documento concluiu que alguns integrantes do Conselho Directivo deste órgão teriam cometido infracções, como a usurpação de poderes e actos de improbidade pública, por enriquecimento ilícito.
Em face disso, o Conselho Fiscal detectou que o presidente, o vice-presidente e o vogal beneficiaram, de forma ilegal, de remunerações que totalizam uma despesa não orçamentada de mais de 105 milhões de kwanzas, para pagamentos de salários no período de Abril de 2021 a Dezembro de 2022.
𝐉𝐮𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐒𝐨𝐦𝐨𝐬 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐒𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐒𝐨𝐜𝐢𝐚𝐥
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