A CASA DA MÃE JOANA



O GPL, de formas colmatar o défice de pessoal a nível das Administrações Municipais, lançou no ano de 2021, um Concurso Público de ingresso dirigido a Carreira do Regime Geral e não só.

Depois de cumprida toda a etapa preliminar, os candidatos foram submetidos as provas. Após a correcção daquelas, os resultados foram afixados, e com aqueles, veio uma onda de descontentamento tão grande que forçou o GPL dirigido pela Governadora Ana Luna Chantré de Carvalho, na época, a anular os resultados para os candidatos das carreiras do regime técnico.

A confusão começou com a uma denuncia pública, feita no programa “Fala Angola” por funcionárias afectas a Administração Municipal de Icolo e Bengo, que acabou se estendendo para as demais Administrações (CAZENGA, VIANA E KISSAMA) a nível de Luanda.



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A quem diga que aquela (DECISÃO), foi a pior borrada que alguma vez tiveram feito, porque o processo foi livre e transparente. Todos aqueles que passaram na época, passaram por mérito e competência, ao contrário do que muitos pensavam.  

Assim, os candidatos, depois da anulação dos resultados, foram forçados a repetir as provas, e aí, se verificou um índice maior de reprovações se comparado com os primeiros resultados.

A repetição das provas veio mostrar que afinal muitas Administrações Municipais a nível de Luanda, eram ou são a “CASA DA MÃE JOANA”. Um dos exemplos disso veio de onde começou a suposta confusão, o Município de Icolo e Bengo.

Este Município foi contemplado, com 88 vagas para os Técnicos de Médios de 3ª classe, 53 vagas para Técnicos de 3ª classe e 46 vagas para Técnicos Superiores de 2ª classe.

Dados revelados pela Administradora cessante, Humberta Alberto Paixão, no acto de passagem de pastas, dava conta que pelo fraco desempenho dos candidatos, o Município havia perdido um número considerado de vagas.

Só para se ter uma noção, só haviam aprovados mais ou menos 13 candidatos para a categoria de Técnicos de 3ª classe e mais ou menos de 20 candidatos para a categoria de Técnicos médios FICANDO CERCA DE 100 VAGAS, SEM CONTAR COM OS TÉCNICOS SUPERIORES QUE DESISTIRAM. A única categoria, a cessante, que houve preenchimento completo foi a de Técnico Superior de 2ª classe.

Volvido algum tempo, e depois de algumas reclamações, o Gabinete de Recursos Humanos do GPL, orientou que se efectuasse a repescagem dos candidatos que tivessem tido de 7V para cima. Está informação foi fechada a sete chaves e gerida como se um de assunto proibido se tratasse.

Neste momento, começou a festa daqueles que se achavam mais espertos. No passado dia, 15 de Fevereiro, os funcionários daquela Administração Municipal, ficaram perplexos e tristes com o comportamento da DIRECTORA MUNICIPAL DE RECURSOS HUMANOS, quando tomaram conhecimento que aquela, abocanhou-se de mais 50 vagas que lhe foram entregues para realização do processo de repescagem.

Aquela, só apresentou ao gestor máximo do Município de Icolo e Bengo, 50 vagas, para além daquelas citadas acima. Não se sabe ao certo, qual é o destino que deu a tais vagas. Por causa do seu histórico neste tipo de processos, desconfia-se que tenha distribuído as vagas entre os seus familiares, amigos e conhecidos, levantando-se a possibilidade da mesma ter feito bastante dinheiro com a comercialização.

Tal noticia caiu como uma bomba, para os residentes do edifício sede da Administração Municipal de Icolo e Bengo, que estavam incrédulos com o calibre da Mulher que se tornou tão poderosa ao ponto de decidir sobre a vida profissional até daqueles que já labutam lá algum tempo. Antes desta notícia, no acto da assinatura da última lista de confirmação dos candidatos aprovados realizada em Janeiro deste ano, funcionários antigos daquela Administração, conseguiram identificar diversas pessoas que não haviam participado do concurso público. Dentre elas, mulheres de outros funcionários, sobrinhas, primas, amigas entre muitas outras que caíram na graça da SUPER DIRECTORA.

A repescagem obedeceu aos critérios que ela mesmo definiu. Ela e o seu pelouro decidiam quem eram as pessoas que deveriam fazer parte da lista dos repescados.

Muitos que estão a receber as guias de marchas não fizeram provas, nem sequer inscrições.

Foram pessoas selecionadas por ela e pelos seus, promovendo o nepotismo e a corrupção. Funcionários do quadro definitivo que por força do processo de actualização de carreiras deveriam aguardar pelo termino do processo, apareceram para receber as guias de marcha.

No edifício sede da Administração Municipal de Icolo e Bengo, este assunto se tornou viral e é do conhecimento do próprio Administrador Municipal, hoje, todo funcionário domina este assunto pelo facto daquele se ter espalhado.

Os actos praticados por aquela, que diz ser servidora pública, são susceptiveis de responsabilização disciplinar podendo levar a desvinculação da função pública e consequente processo criminal pela conduta desleal, ilegal e desumana apresentada.  

Mas a pergunta que não se quer calar é a de como a tal directora conseguiu orquestrar tal plano sem o conhecimento dos seus superiores?

Porque que o Administrador Municipal ainda mantém a SUPER DIRECTORA, mesmo depois de tomar conhecimento as suas falcatruas?

Onde que é estavam os serviços de inteligência que não conseguiram atempadamente aperceber-se de tal comportamento?

Até quando estes processos serão somente para aqueles que têm cunhas?

Será que a semelhança do que aconteceu com JES, V.Excia Manuel Homem, também foi enganado pelo seus colaboradores? Ou é conivente?

É esta, a imagem que queremos continuar a passar para aqueles que nós governamos?

O Presidente da Républica, elegeu como sua bandeira a luta contra a corrupção e o nepotismo, mas pelo que vemos, pessoas do género da CAMARA DIRECTORA, tem estado a desvirtuar o bom ritmo que se quer implementar, transformando um Município que se quer na ROTA DO DESENVOLVIMENTO em CASA DA MÃE JOANA, onde cada um faz o que quer e o que bem entende.  


          𝐉𝐮𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐒𝐨𝐦𝐨𝐬 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐒𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐒𝐨𝐜𝐢𝐚𝐥


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