Soliya Selende Lumumba Soly é, provavelmente, o político da Oposição que mais conhece o Huambo Profundo, sua terra natal. O representante do PRS no Planalto Central faz a diferença naquele espaço geográfico dominado pelos dois maiores partidos políticos angolanos, MPLA e UNITA,
O antigo seminarista, professor, é mais um político do campo do que de gabinete, algo que faz com «paixão e convicção», confessa.
Faça sol ou chuva, o homem desdobra-se em contactos por vários dos 11 municípios que compõem a província, calcorreando os bairros, comunas e as aldeias onde interage com as comunidades, os camponeses e outras camadas mais desfavorecidas de população. Fala-lhes dos problemas que o país atravessa e da necessidade da realização de autarquias.
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Visita os hospitais, denúncia as constantes agressões ao meio ambiente, o abate indiscriminado de árvores, o destino dado ao lixo doméstico e hospitalar e os perigos que o mesmo representa para a saúde humana.
Com os olhos de ver, vai ao terreno confirmar se a escola ou centro de saúde está apenas no papel, se foi construído, se é tangível, ou se as verbas foram aplicadas para o fim a que se destinavam.
No Huambo é uma figura bastante respeitada e, por vezes, temida, por conhecer com alguma profundidade os cantos à casa, os «podres» da governação local. Não se limita a criticar o mau desempenho do Executivo, mas também a apontar os caminhos para a sua solução. Não raras vezes, é ignorado por pensar diferente, «fora da caixa», e sofre o preço da perseguição política. Adorado por uns, abominado por outros, Solya Resende, além de político, procura exercer uma cidadania activa.
Aos sábados participa na Rádio Ecclésia num dos debates mais audíveis da província, num painel que reúne outros intelectuais e valências académicas da província. A tertúlia é feita totalmente em UMBUNDU. O debate nem sempre decorre de forma desejada devido, ao que consta, interferências maldosas na frequência da rádio dos «católicos». No espaço radiofónico, Selende faz revelações do que observou no terreno e alerta às autoridades locais para a sua solução.
Presumo que tanto a UNITA como o MPLA gostariam de ter um SELENDE na sua equipa, um player que percorre toda a extensão do campo, galvaniza os companheiros, mesmo quando as circunstâncias do jogo afiguram-se lhes adversas.
(Na imagem, a travessia do rio Cunene é feita de canoa devido ao desabamento da ponte há mais de 3 ANOS. O dinheiro para a construção da estrada que liga a barragem do Cuando ao local, numa extensão de 19 Km terá sido «engolido» por um dos ex-governadores). Impunemente!
Texto do jornalista Ilidio Manuel, título da autoria da redação do Lil Pasta News.
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