Em mas uma sessão de audiência que teve lugar na última sexta-feira 13, em que são acusados, António Fernando “Samora”e Florindo Gonçalves Bartolomeu, foram ouvidos apenas uma declarante e uma testemunha.
A declarante Clarice Antunes Correia, afirmou em tribunal que na altura dos factos recebeu das mãos do arguido, Samora, uma viatura de marca Suzuki Jimmy, na qualidade de colaboradora. Refere que, foi funcionária da Ascofa desde 2004 a 2008, tendo abandonado a instituição, mas que em 2015, recebeu a referida viatura e vendeu-a por ter acidentado. Por sua vez, o antigo Presidente do Conselho de Administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Paixão Júnior, foi ouvido na qualidade de testemunha do projecto Coopetaxis que tinha como objectivo a potencialização da economia dos ex militares das antigas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, associados na Ascofa.
Paixão Júnior assegurou que, o projecto tinha tudo para dar certo e que foram acautelados todos os pormenores para a salvaguarda do retorno do capital aplicado do valor emprestado pelo banco BPC para o ABC/Holding, Ascofa. Avançou também que, a Ascofa foi o principal gestor da parceria e ficou com a responsabilidade de rentabilizar a cooperativa de forma a crescer e se tornar auto sustentável, mas que nunca veio acontecer.
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O antigo gestor do maior banco de Angola, deixou claro que, o período de carência dado pelo BPC era de um ano e com uma gestão transparente pagaria o retorno do capital investido por aquele banco, mas isso nunca aconteceu. Garante que, o projecto tinha também a vantagem de empregar antigos militares, e as viaturas compradas pelo consórcio BPC, ABC/Holding, depois de cinco anos os carros iria reverter definitivamente a favor dos associados, o que não veio acontecer passados mais de seis anos.
De recordar que fruto da parceria ABC está fica com cinquenta por cento e a Ascofa com quarenta e nove por cento. A grande questão, segundo os daquela agremiação que congrega antigos militares, disseram ao Jornal 24 Horas, quanto a situação da parceria é que o ABC, aproveita-se da fragilidade da associação para tirar vantagem e retirar todos os meios aos antigos combatentes mesmo tendo provado a comparticipação directa de outros órgãos que sempre garantiram o apoio a esta franja sofredora.
João Postiço, membro fundador da Ascofa, apelam a ABC que deve dar a César o que é de César, naquela organização, que até agora recebeu apenas trinta e quatro viaturas que estavam na posse directa da Coopetaxis com a gestão financeira que foi feita de forma ruinosa, ao arguido, António Fernando Samora, mas ninguém está a responder voluntariamente ao mandato de apreensão emitido pelo tribunal para se repor a legalidade, e satisfazerem as reclamações dos antigos homens do gatilho associados naquela cooperativa.
Garante que, cinco anos depois, “tal como foi concebido o projecto, estes meios e outros devem ser revertido a favor da associação dos antigos combatentes das FAPLAs, e não é justo usarem o nome da Ascofa para darem outros fins. Que se faça justiça”, disse o associado.
Lembrar que, Ascofa, actualmente se encontra com uma nova direcção que é dirigida por Caetano Marcolino. A próxima sessão de julgamento acontece no dia 21 de Fevereiro, aonde serão feitas as alegações orais.
Jornal 24 Horas
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