Está a haver registros de reclamações segundo as quais, tem sido quase impossível visitar o jazigo onde se encontram depositados os restos mortais do Presidente José Eduardo dos Santos (JES) devido ao mau cheiro que o corpo estará a exalar.
Em finais de Setembro, o jazigo recebeu a visita da viúva Ana Paula dos Santos, mas semanas depois tornou-se insustentável a aproximação ao local, inclusivo um dos guardas colocado para guardar a urna afastou-se do jazigo devido ao cheio.
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Eduardo dos Santos morreu aos 8 de Julho em Barcelona, onde cuidava da sua saúde. No período em que o seu corpo se encontrava sob custodia das autoridades espanholas, por conta do conflito entre os filhos e o Estado angolano, as filhas do antigo Presidente decidiram que assim que o corpo fosse liberado, o mesmo iria ser submetido a um tratamento de conservação a longo prazo para depois ser colocado num jazigo. O processo foi interrompido face as circunstancias em que o governo angolano “sequestrou” o corpo do antigo Presidente, visto que por parte de uma equipa do Presidente João Lourenço havia pressa em realizar o funeral de Estado, em Luanda, com ou sem a presença dos filhos do malogrado. O corpo foi colocado depositado num jazigo, em Luanda, até aos dias de hoje sem ter passado por um tratamento que evitasse putrefação e maus cheiros.
De acordo com constatação, o corpo de Eduardo dos Santos chegou a Luanda sem receber o devido tratamento (processo de embalsamento), pelo que nos primeiros dias em Luanda, teve de passar por quatros caixões devido aos líquidos (necrochorume) que estava a deitar quando exposto no quintal de sua residência no Miramar. Terá sido o antigo Chefe da Casa Militar, general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, a protestar reclamando que JES merecia mais dignidade e que o corpo do malogrado não deveria ficar exposto conforme se encontrava.
Acredita-se que passado 4 meses desde que o corpo foi colocado no jazigo, o mesmo esteja já num estagio avançado de decomposição o que estará a causar o forte e desagradável cheiro de cadáver. Segundo apurou o Club-K, nas últimas semanas o local foi isolado para não receber mais visitas, até que as autoridades encontrem uma solução.
Há informações de difícil de confrontação, indicando que João Lourenço terá prometido a viúva Ana Paula dos Santos que mais tarde ordenaria a transladação da urna para um local próximo, a urna do Primeiro Presidente Agostinho Neto, no Mausoléu, em Luanda.
Club-K
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