Tudo isso por este lhe ter entregue uma mala com dinheiro que encontrou num bos bancos do jardim que havia em frente ao comissariado.
O MANO KAPRETO
Quem se recorda do mano kapreto no bairro Sambizanga irmão do Suzi?
Suzi era se calhar o angolano mais pacato e calmo que conheci desde que me conheço homem naquele que já foi o mais populoso e famoso bairro de Luanda o Sambizanga.
Ao contrário do seu irmão mais velho o mano Kapreto, este era um dos gatunos mais bagão que o bairro conheceu naquele tempo.
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Só vestia fatos e calçava sapatos dos mais caros de marca exclusiva que eram só vendidos na Saratoga e boutiques famosas da cidade capital naquele bom e saudoso tempo colonial.
Mano Kapreto era um homem esbelto, onde passava deixava no ar o cheiro do seu perfume único.
Era atraente e com uma constituição física tal, ao ponto que fazia dele um homem muito cobiçado.
Pelas mulheres da sua geração dentro e fora do bairro, uma das suas particularidades era que os seus sapatos brilhavam mais do que o sol quando nascesse.
Era considerado um gatuno seleto, porque só roubava aos brancos ricos da cidade.
Não tinha nenhum traço como sinal de que já tivesse sido espancado alguma vez nas suas roubalheiras, se dizia que quando dava as suas palmadas nem sequer se punha a correr.
Assim como chegou a correr rumores de que tinha feitiço de roubar.
Mal chegou a independência de Angola como o MPLA incorporou nas suas fileiras 98% dos gatunos e outros do criminosos do bairro, o mano Kapreto de uma quinta para sexta tinha sido transformado em polícia.
E estava destacado na câmara de Luanda onde era mesmo o posto de trabalho como segurança.
Rondava aquela área toda do comissariado e o comissário provincial era na altura o Mendes de Carvalho.
Um dia desses o mano Kapreto enquanto fazia a ronda encontrou uma mala cheia de dinheiro num dos bancos, sem saber se alguém a tinha esquecida ou se era resultado de algum assalto ou não.
Não pensou duas e como quis provar que já não era gatuno mas sim um bom policial e exemplar.
Resolve entregá-la ao chefe portanto ao comissário provincial Mendes de Carvalho.
Este olhou para ele debaixo para cima, quase lhe cuspiu na cara e pôs-se á considerá-lo de burro e idiota por ter entregue o que encontrou que não lhe pertencia.
Fernando Vumby
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