MED QUER PROCEDER A DESCONTOS SALARIAIS AOS PROFESSORES QUE ADERIRAM À GREVE



Angola é único país do mundo que se diz Democrático de Direito mas  que quer penalizar os professores por apenas estarem a exercer um direito legal  sacramentado na Lei n° 23/91 de 15 de Junho ( Lei da Greve). O art. 1° diz que " é reconhecido aos trabalhadores o direito de recurso à greve " ; e nos termos do n° 1 do Art. 51° da CRA assevera que os trabalhores têm direito à Greve, portanto, é injusto este pretenso desconto salarial aos  professores que aderiram à grave por sinal titulares de um salário miserável.  Entendo que é chegado o momento em que os parlamentares sobretudo os partidos na oposição juntarem - se com a finalidade de  defender a classe mais sacrificada em Angola – professores. Pois há uma informação segundo a qual a Ministra da Educação, Senhora Luísa Grilo, tem vindo a reunir com os Directores de Gabinetes Provinciais de modo a pressioná - los que estes convocoquem reuniões com os Directores de escolas (primárias e secundárias ) com o intuito de aplicar faltas e consequentemente serem encaminhadas ao respectivo Gabinete para proceder aos descontos salariais. Recentemente vimos o que ocorreu na província do Bié , onde o Gabinete Provincial fez saber através de uma circular que exigia a aplicação de faltas aos professores e consequente encaminhamento das mesmas à Direção Provincial para os descontos salariais.

 Agora segue a província do Huambo com as mesmas medidas ; e não estranho que nos próximos dias  venha acontecer com as Lundas , Moxico e outras províncias por alegadas ordens superiores vindas da Senhora Ministra e seus asseclas que ao invés de sentarem com o Sindicato, verem efectivamente o que pode ser feito ( encontrar um denominador comum ) , e / ou apresentar propostas reais e exequíveis de modo a tranquilizar os ánimos dos professores ( atender os pontos apresentados no caderno reivindicativo)  , os burocratas vinculados ao Ministério entendem que é melhor não resolver os problemas dos professores, que eles vivam como vivam e nada pode ser feito para melhorar a sua condição de vida, nomeadamente, o aumento salarial, melhoria das condições laborais e outros (as) , tudo porque eventualmente a Ministra ganha com esta paralisação das aulas ao nível do Ensino Geral dado que é suposta detentora de  um número elevado de colégios privados um pouco por todo o país e porque também os seus filhos não estudam em escolas públicas.




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 Portanto, caros professores, não desistam da vossa luta por mais intimidações que surjam , pois toda vitória demanda enormes sacrifícios ; não é legal o que o Ministério quer supostamente fazer com os professores , é ilegal , a Lei da greve não prevê isso e se dizem que estamos num Estado Democrático de Direito , então as pessoas que estão em frente das instituições deste país  devem efectivamente aprender a respeitá - las, cumprir e fazê - las cumprir. Não permitam que os vossos sonhos sejam novamente adiados em virtude de caprichos políticos protagonizados por pessoas que vivem às engordas , ostentam uma vida boêmia às custas do sofrimento do povo que os escolheu. Não podem de maneira alguma permitir que isso aconteça; tão pouco devem sentir - se desencorajados , porque toda luta demanda sacrifícios distintos professores sofredores. Aguentem firme .


 RESISTÊNCIA !


Hélder Mwana África ( Activista pelos direitos humanos).




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