Entre as figuras angolanas a quem se deve atribuir algum mérito no exercício político de 2022, o general Bento Kangamba é uma das figuras no conjunto de personalidades em destaque. Apesar do regime político em Angola estar à procura de alguém como ele, que o possa substituir, o perfil de político carismático e igual a si mesmo, fazem de Kangamba "incomparável". Está difícil ao MPLA encontrar uma alternativa que pudesse fazer esquecer o também empresário, mas o facto é que não se consegue encontrar alguém a altura do general. O pouco que alguns "camaradas" têm conseguido "seguir como exemplo" de Kangamba, são acções de filantropia junto de populações carenciadas, mas muito longe de gerar a satisfação das acções de Bento Kangamba.
A presença na lista de figuras do ano deve-se ao facto de, mesmo não tendo estado no centro das grandes realizações do Partido que governa Angola, teve a capacidade de influenciar grandemente no registo de votos para o Presidente João Lourenço.
Devido à sua capacidade de mobilização, sobretudo de jovens, Bento Kangamba chegou a ser “convocado” para integrar o grupo restrito de estrategas na campanha de João Lourenço, com objectivo de ajudar a evitar uma inesperada derrota do MPLA nas eleições de 24 de Agosto.
O político é visto em Angola como sendo dos poucos que faz “tremer” a oposição, devido ao seu perfil de homem directo, que fala as coisas “olhos nos olhos”, quando o assunto é a defesa do seu partido.
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Aclamado por muitos, odiados por poucos, Bento Kangamba é, também, reconhecido pela capacidade para lidar com pessoas de estratos populacionais menos favorecidos, como é o caso daqueles jovens que fazem pela vida e mereciam outro tipo de abordagem. Em situações de greve, como as que se regista nos últimos tempos em Angola, com maior frequência na saúde e na educação, Kangamba tem a “fama” de ser muito experiente para ajudar a resolver situações do género. São vários os casos conhecidos que só tiveram solução, graças à intervenção do general.
Parece distante dos grandes acontecimentos, mas está sempre próximo. Mesmo por altura da campanha de João Lourenço às últimas eleições, apesar de entrar tarde em cena, teve intervenção directa em 2008, ano em que o MPLA teve a votação mais expressiva da história das eleições em Angola. O comício do MPLA no Dundo estava para ser cancelado, porque o grupo de acompanhamento do partido à província e até o general Kopelipa tinham chegado à conclusão que não havia condições de o MPLA fazer o comício naquela cidade.
O ambiente era hostil e por todo o lado da cidade havia bandeiras da UNITA e do PRS. Quando parecia tudo perdido, Bento Kangamba entrou em cena e numa só noite arrumou o assunto. A verdade é que os resultados do partido nas eleições foram positivos. Na altura, em pleno comício, o antigo presidente, José Eduardo dos Santos, agradeceu-lhe publicamente, levantou-lhe o braço e reconheceu que foi graças àquele ‘homem da região’ que o comício se concretizou. Para o sucesso da atividade, ele falou com vários actores, inclusive responsáveis do PRS e da UNITA, além, naturalmente, do MPLA.
Mesmo na sombra, Bento Kangamba não deixa de desenvolver acções que ajudem o seu partido junto das comunidades mais pobres em Angola. Ninguém no MPLA tem sido tão solidário com os mais desfavorecidos como ele. Durante o ano de 2022, por onde passou, ajudou muita gente, famílias inteiras, oferecendo alimentos, motorizadas, geradores e até casas, fazendo-o sempre com recursos próprios. É um “cabo eleitoral” do MPLA que jamais poderia ser desbaratado. Mas os ditos intelectuais do seu partido pensam que é com palavras bonitas que convencem o povo dos bairros periféricos e dos kimbos.
Em Angola, desconfia-se, que pode estar a ser vítima da silenciosa “purga” rodeada de João Lourenço, que visa as figuras ligadas ao ex-presidente José Eduardo dos Santos.
Enquanto isso, o conhecido “empresário da juventude” mantém-se de “pedra e cal” no seu canto, à espera que venha da mais alta liderança do partido um voto de reconhecimento da importância que representa para o MPLA. Aliás, subestimar a capacidade invulgar do general para penetrar em praças eleitorais teoricamente da UNITA, como Benguela, Huambo, Cabinda e Bié, onde agora Adalberto da Costa Júnior se passeia, é, no mínimo, fazer uma leitura errada do futuro.
Jorge Filipe Jornalista do jornal O Estado da Paraíba(Brasil) para o Lil Pasta News.
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