A página do Comité Provincial do MPLA de Luanda atribui à senhora Ana Dias Lourenço a afirmação segundo a qual “a África pode retirar milhões de pessoas da pobreza, promover o crescimento económico e atrair investimento ao impulsionar o potencial das mulheres empreendedoras com as intervenções e políticas certas”.
A esposa do Presidente da República fez as declarações que o MPLA lhe atribui em Washington, onde acompanhou o marido à cimeira Estados Unidos-África.
Não é claro de quê “mulheres empreendedoras”, que podem” retirar milhões de pessoas da pobreza”, fala a primeira-dama de Angola.
Ana Dias Lourenço não é conhecida por quaisquer gestos potenciadores do empreendedorismo das mulheres.
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Em Março de 2019, e tal como o esposo, não disse uma palavra quando a Polícia atirou a matar contra Juliana Kafrique que, tal como milhares de angolanas, procuraram no dia-a-dia o sustento próprio e dos seus nas ruas de Luanda.
Há pouco menos de uma semana (8 de Dezembro), a primeira dama de Angola também não manifestou qualquer sentimento de pesar pelo assassinato, às mãos da Polícia, de uma outra cidadã angolana, Raquel Kalupe, ou tia Cheili. Como a Juliana Kafrique, a tia Cheili foi mortalmente baleada porque se opôs ao roubo, por agentes da Polícia, de produtos cuja venda lhe proporcionaria a refeição do dia. Para si e para os seus.
Para a África impulsionar o potencial das mulheres empreendedoras, o primeiro passo é que elas estejam vivas.
Com as mulheres a caírem sob balas do que eram suposto serem representantes da autoridade, não há como “retirar milhões de pessoas da pobreza, promover o crescimento económico e atrair investimento ao impulsionar o potencial” do empreendedorismo feminino.
Mais ainda quando pessoas com elevadas responsabilidades políticas e morais no país fingem-se surdas, mudas e cegas perante repetidas atrocidades.
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