Creolina e potassa em algumas embaixadas: A primeira vítima da fúria do Presidente da República será o seu representante nos EUA



Enfurecido pelo tratamento de “povo em geral” que a Casa Branca lhe concedeu, não lhe reservando um minuto que fosse para um tête-a-tête com Joe

 Biden, o Presidente João Lourenço voltou a Luanda decidido a fazer uma profunda varredura na embaixada de Angola nos Estados Unidos. 

E não apenas.

O Presidente João Lourenço atribuiu exclusivamente à incompetência do embaixador de Angola em Washington o facto de não ter sido recebido na sala oval da Casa Branca.

Quando deixou Luanda com destino a Washington, para participar da cimeira USA-África, João Lourenço foi convencido de que, apesar da apertada agenda de Joe Biden, sempre lhe seriam reservados alguns minutos de audiência na Casa Branca.




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Pago a peso de ouro, o “lobby” de Angola prometeu a João Lourenço que com maiores ou menores dificuldades conseguiria encaixa-lo na agenda de Biden.

Só nos Estados Unidos é que o Presidente da República percebeu que tinha caído em conversa fiada. Tanto o dispendioso lobby quanto o embaixador de Angola nos Estados Unidos, Joaquim do Espirito Santo, não tinham feito o suficiente para que João Lourenço fosse recebido na Casa Branca.

Aliás, o Presidente João Lourenço ficou a saber em Washington que o seu embaixador nos Estados Unidos é mais conhecidos em bares e pubs, que frequenta quase sempre acompanhado por beldades de origem latino-americana, do que por contactos com o Departamento de Estado e  outras instituições que poderiam concorrer para uma maior aproximação dos dois países.

Funcionários da embaixada em Washington disseram ao staff do Presidente que Espírito Santo pára na representação diplomática basicamente por duas razões: ou para assinar cheques ou para dirigir galanteios a senhoras que ali trabalham, quase todas elas maritalmente comprometidas. 

O Presidente João Lourenço tomou como particularmente humilhante o facto de Joe Biden receber em audiência líderes de países que “nem sequer constam no mapa”, uma indirecta ao presidente da Libéria, George Weah.

João Lourenço tomou como inaceitável que ele, frequentemente felicitado pelos EUA por causa do seu papel na pacificação da região central de África, não tivesse sido tido e nem achado na Casa Branca.

Abalado pelo tratamento que recebeu em Washington, o Presidente João Lourenço virou-se para  o ministro das Relações Exteriores e para o seu assessor para os Assuntos Diplomáticos, Teté António e Victor Lima, respectivamente, dando-lhes um prazo muito apertado para lhe apresentarem uma alternativa a Joaquim do Espírito Santo.

Joaquim Espirito Santo e o seu irmão Narciso, que durante anos foi cônsul de Angola em Portugal, não são conhecidos pelo seu apego ao trabalho. Ambos têm origens são-tomenses. 

Mas, as “lavas” do “furacão” que tomaram o Presidente João Lourenço podem atingir o próprio MIREX e o Assessor Diplomático.

Fontes que acompanham o assunto, garantem que o Presidente João Lourenço fará uma varredura muito profunda na área diplomática.

Manuel Augusto, antigo ministro das Relações Exteriores demitido pelo próprio João Lourenço, pode ser o principal beneficiário da limpeza de balneário.


Correio Angolense 




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