Archer Mangueira não é e nunca foi santo, o ex-ministro das finanças e atual governador da província Do Namibe, tem um currículo marcado por corrupção.
Segundo o site Maka Angola, empresas ligada ao ex-ministro das finanças, saquearam mais de mil milhões de kwanzas da Conta Única do Tesouro (CUT), por ordem do Archer Mangueira, ministério naquela época. Através do Ofício n.º 1111/MINFIN-CUT/2017, de 9 de Agosto de 2017. A CUT agrega os depósitos dos impostos.
Dias depois da emissão deste Ofício, o dinheiro foi parar à conta da Sociedade SL & 3D, Comércio e Prestação de Serviços Limitada, fundada quatro meses antes, a 24 de Abril de 2017. Emanuel Benedito Ribeiro Garcia e Evanilson Carlos de Almeida criaram a sociedade.
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Por sua vez, a conta bancária da empresa foi aberta 15 dias antes da operação, a 27 de Julho, com 20 mil kwanzas. Estremecida a árvore das patacas que é o BNA, num repente esta empresa passou a ter mais de mil milhões de kwanzas na sua conta. Mas foi por pouco tempo.
Passados três dias, 346 milhões e 750 mil kwanzas foram transferidos para as contas pessoais de Celso Miguel Leiro Furtado, quadro da Direcção Nacional do Tesouro (MINFIN) e afilhado do ministro Archer Mangueira. Até 2 de Julho passado, Celso Furtado exercia o cargo de chefe do Departamento de Encargos Centrais do MINFIN.
A empresa António Venício Solutions, também criada meses antes, a 7 de Abril de 2017, recebeu a módica quantia de 414 milhões e 191 mil kwanzas. O dono desta segunda empresa-fantasma também é um quadro da Direcção Nacional do Tesouro: Emerson Nataniel de Lima António.
Neste esquema, também há uma “doação” à Igreja Adventista do Sétimo Dia, no valor de 33 milhões e 500 mil kwanzas, através do Banco de Fomento de Angola. Um dos seus líderes, sob anonimato, garante que esta instituição religiosa não recebeu qualquer “doação” da SL & 3D e tem as suas contas auditadas por uma entidade externa para provar. A mesma fonte acredita que o nome da igreja tenha sido usado para fins nefários.
A empresa Monka Angola, pertencente a Fernando dos Santos Reis, beneficiou de um pagamento de 50 milhões de kwanzas. Igual valor foi atribuído ao empresário Basílio Epomba Cassoma.
A Procuradoria-Geral da República, no fim do mandato do infame general João Maria de Sousa, teve a seu cargo a investigação do saque e os movimentos consequentes que se enquadrariam nos tipos criminais de peculato e branqueamento de capitais. A denúncia partiu da directora da Unidade de Informação Financeira, Francisca Massango de Brito. Segundo peritos do Ministério das Finanças, Valter Filipe comparticipou na execução desta operação de carácter ilícito, uma vez que a CUT é gerida pelo BNA.
De acordo com as fontes do Lil Pasta News, os fundos saqueados dos impostos foram justificados como tendo sido usados para reembolso de contribuições pessoais à campanha eleitoral do MPLA. E, com base nessa informação, o processo encontra-se engavetado.
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
1 Comentários
Gatunos por Excelência, de colarinhos branco e intocáveis, pensam que um dia não irão as barras dos tribunais
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