É com lágrimas nos olhos e uma enorme consternação, que informo a todos que infelizmente tive que abandonar o meu próprio país, a minha própria terra.
Após sucessivos actos de violência e Terrorismo de Estado que atentaram contra a vida da minha mulher e filho, tive que tomar a árdua decisão de abandonar Angola, o meu emprego, familiares e amigos, para procurar refúgio num país que possa garantir a segurança da minha família.
Agrediram, torturaram e esfaquearam inúmeras vezes uma mulher indefesa acompanhada de um bebé de 1 ano, como forma de silenciar o seu marido jornalista, que através do seu programa de Rádio, denunciava os constantes abusos e violações dos direitos humanos praticados pelo Governo criminoso do MPLA.
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Na sequência destes crimes hediondos cometidos há mais de três meses, as autoridades remeteram-se ao silêncio. Não há detenções, não há suspeitos ou qualquer tipo de procedimento criminal. O silêncio e a inoperância das autoridades é indicador tácito da autoria dos crimes.
O quadro clínico da esposa e do bebé é de stress pós-traumático; o espancamento causou hematomas em várias partes do corpo, resultado das lesões nos vasos sanguíneos; e os 19 cortes provocados por arma branca, ainda causam dor considerável mas já estão em processo de cicatrização.
Peço a DEUS todos os dias para que nos ajude a recuperar destas atrocidades praticadas.
Lágrimas de dor, revolta e indignação, são vertidas diariamente pela impunidade e indiferença existentes no nosso país. Não podemos permitir que um regime autocrático, use a violência contra jornalistas para evitar o escrutínio e perpetuar-se no poder! É inconcebível termos de abandonar o nosso próprio país porque o déspota da Cidade Alta não gosta de ser criticado.
Angola é a nossa Pátria e não podemos abdicar dela e assim permitir que criminosos que usurparam o poder, destruam aquilo que ainda resta do nosso país. A brutalidade, as trevas e a autocracia representadas pelo regime de João Lourenço, não podem prevalecer sobre a razão, a luz e a democracia representadas através da vontade do povo soberano de Angola.
Apesar do exílio forçado, eu não vou desistir do meu País.
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