SONHOS E ESPERANÇAS TRAÍDOS- ILIDIO MANUEL



Esta capa do «Notícia», a revista semanal de maior referência do jornalismo que se fazia em Angola ao tempo colonial - é Icónica, pois reapresenta uma parte da História que antecedeu à proclamação da independência nacional. Roubei-a ao mural do meu amigo Jorge Correia.

Naquela fase, ou seja, em Janeiro de 1975, os três MLN já tinham tomado de assalto às cidades e vilas, aos poucos iam «marcando território», impondo as suas regras de jogo, e mergulhado o país numa Guerra Civil que seria maculada por escaramuças constantes, sobretudo entre o MPLA e a FNLA. A UNITA era praticamente uma organização militarmente sem expressão e que só entrou para o teatro da guerra mais tarde.



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Apesar do clima de guerra que se vivia na altura, os MLN foram alimentando de esperanças o generoso povo angolano passando-lhe a mensagem de que Angola seria um bom país para se viver... 

Antes da assinatura dos Acordos do Alvor em Portugal, os 3 MLN reuniram-se em Mombaça – a 2.ª maior cidade do Quénia, sob auspícios do falecido presidente daquele país, Jomo Kenyatta – para concertarem a data da «Dipanda». Embora o articulista falasse em «TRÊS IGUAL A UM», na realidade era «CADA UM COM A SUA AGENDA OCULTA»... A concertação tinha sido forçada, a imagem de unidade entre eles não passava de uma mera ficção. Que ingenuidade a nossa quando acreditamos que eles iriam respeitar os anseios do povo angolano que já estava cansado da longa noite colonial! Cada MLN, com as suas alianças ao estrangeiro, dizia que defendia melhor o povo do que o outro... O futuro naquela altura era uma incógnita. O parto da nossa independência foi, sem dúvida, bastante doloroso e sangrento. Não foi isso o que havíamos combinado...




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