O GENERAL DE TODAS AS SOLUÇÕES

Em 1975, viajou a Londres para uma formação de segurança presidencial. No regresso passou a apresentar-se com uma alcunha semelhante ao do grande general da guerra mundial Fedor Van Bock. Os colegas que com ele estavam dizem que a acunha lhe fora dada por um instrutor devido a sua estatura baixa. Na guerrilha da UNITA, era o único que podia acordar o líder, podia alterar a rotina do chefe ou de chegar a casa do mesmo sem bater a porta. Savimbi também ia a sua casa parta trocas de confidencias tornando-o no guardião de todos os segredos. Ficou notado como o general de todas as soluções. Ainda hoje, há quem no interior do “Galo Negro”, arrisca dizer que se “Bock” não morresse, Savimbi não seria emboscado pelas FAA, em 2002.

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Era o general, que tinha o histórico de arranjar soluções para retiradas do líder e de fazer manobras no mato. Em 1992, fez parte do restrito grupo que fugiu com Savimbi de Luanda para o Huambo, transportado num avião declarado como indo para levar material de propaganda da UNITA, para o interior. Vitima das intrigas internas, seria afastado, despromovido a soldado e responsabilizado pela derrota militar que visava a tomada do Kuito, a quando se encontrava no Kunji. Foi destituído de todas as funções, reduzido a soldado, preso por seis meses, e mais tarde convocado para uma reunião restrita na qual Savimbi garantia a sua reabilitação politico ou militar. Depois não se falou mais dele. O seu paradeiro era dado como incerto.

Numa carta enviada por Savimbi a Carlos Morgado, então representada da UNITA, em Portugal, o líder guerrilheiro dizendo que “tenho tentando defende-lo quando posso mas nada fica garantido quando o inimigo investe”. Em setembro de 2000, Jacinto Bandua, um general que desertara a UNITA, revelaria que “Bock” corria riscos, ao reagir as confecções de um elemento de um esquadrão da morte que assumiu ter participado na morte de “Bock”, que seria visto pela última vez aos 25 de Abril de 2000, e enterrado por volta das 4h da manha do dia seguinte. Se estivesse em vida completaria hoje (5 de Novembro), 68 anos de vida.

José Gama