ANTERO VIEIRA, COMANDANTE DA BRIGADA ‘KWAME NKRUMA’

Nasceu no Bié. Em vida atendia pelo nome Antero Morais Vieira. Casado com uma sobrinha de Jonas Savimbi, Felicidade Maravilha “Bia” (filha de um falecido irmão Abel Savimbi). Em 1988, quando se celebrou o 22º aniversario da UNITA na Jamba, faltavam-lhe 8 meses para completar 30 anos e Jonas Savimbi fez dele o mais jovem comandante de um grupo de cinco oficiais generais (Chilingutila, Ben Ben, Renato Campo, Zaboba Njunjevile). Era coronel. O vídeo da cerimonia esta hoje postado no Youtube.

Na década de 90, já estava feito general. As nações Unidas colocariam o seu nome numa lista que sancionava altos oficiais da UNITA. General Antero era nesta altura o comandante que operava no eixo Kwanza-Bié, e que teria tomado quadro municípios com uma das unidades motorizadas. Era ele um dos comandantes da brigada “Kwame Kruma” e respondia diretamente ao CEMG, Altino Bango Sapalalo “Bock”, seu primo. Era assim a hierarquia que teria cercado a cidade do Kuito, em 1998, e que uma semana depois dos acertos, o CEMG “Bock”, recebe uma ligação de um ajudante de campo de Jonas Savimbi, informando que tinha uma mensagem do alto comandante. O conteúdo da mensagem era para adiar os ataques.

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A mensagem de Jonas Savimbi que se encontrava numa posição na Nharea, chegou tarde e por volta das 5h30 da manha, o comandante da região Sapalalo “Bock”, já havia orientado a penetração das unidades blindadas. Estas por sua vez acabariam por acionar nas minas no Kunje, no eixo Andulo-Kuito, resultando em perda de homens e tanques (T55, e T65). A carta de Savimbi - com a ordem para adiar o cerco - terá chegado a “Bock” as 6h30.

Dias antes do cerco ao Kuito, o general Antero Vieira ficou doente e teve de retirar-se do teatro das operações depois de ter participado nos treinos com as brigadas. Tanto “Bock” como o General Antero e outros oficiais superiores seriam presos e acusados de indisciplina militar.

A recepção tardia da carta de Savimbi a “Bock” transmitida pelo ajudante de campo, foi interpretada como “desobediência militar”. Em meados de Abril de 2000, já depois de liberto, estava numa base com altos oficiais (Dembo, Numa, Gato, Chimuku, Kapapelo, Sakala, Prata e etc), quando foi convocado para uma reunião de acertos acabando por ser executado pela segurança da UNITA, aos 25 de Abril de 2000. Se estivesse vivo, completaria esta semana (7 de Novembro) 68 anos de vida.