Passeata inútil- Graça Campos



A todos os títulos inútil, a passeata de três antigos governadores do Kwanza Sul à poeirenta “cidade” do Sumbe entra nos anais da história angolana como mais uma demonstração de despesismo e de escárnio às populações locais.

A expensas do erário (já que o activista jamais tiraria dinheiro do próprio bolso para custear o passeio dos sócios e cúmplices), Serafim do Prado, Eusébio de Brito Teixeira e Higino Carneiro foram ao Sumbe a convite de Job Capapinha e durante umas poucas horas encheram competentemente as panças com lagostas e gambas capturadas no Porto Amboim.

E entre uma e outra lagosta, os quatro convivas foram deitando conversa fora de que cada um retirou as suas próprias conclusões:

Higino Carneiro: “Saímos do encontro bastante animados porque, em conjunto, tratamos assuntos de interesse comum para a província”.



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Eusébio de Brito Teixeira: “Viemos aqui para darmos força ao actual governador, que passa pela conjugação de ideias que devem ser postas em prática para tirar a província do estágio em que se encontra”.

Serafim do Prado: “Prioridade é a reabilitação de estradas, para a maximização da produção no meio rural”.

Sobre a poeira, que causa problemas respiratórios a todos os munícipes do Sumbe e não só, nem uma só palavra. Os quatro sócios estão acostumados.

Do inútil encontro do quarteto (aventureiros que José Eduardo dos Santos e o seu sucessor confundiram com gestores) resultará, seguramente, um “memorando” destinado à ministra das Finanças, reclamando mais dinheiro para uma província que, segundo o próprio Job Capapinha confessou, só melhorará a qualidade de vida dos seus cidadãos depois do MPLA ser afastado do poder.

Até lá, será gasto inútil de dinheiro público.

Obs: o espaço que a comunicação social pública dispensou ao reencontro de “Los Compadres” no Sumbe  foi um desperdício. O país tem problemas sérios a que a comunicação social pública infelizmente não dedica a atenção devida.

Com o jovem Mário Oliveira à testa, certamente a comunicação social pública deixará de ser um parque de diversão de governantes não só “geneticamente” incapazes, como vocacionalmente virados para o dolo.




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