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1.° De Agosto em risco de descer de divisão por dívidas

Língua de gente- Graça Campos



Nos Decreto Presidenciais números 256 e 257 através dos quais o  Presidente da República decreta a apropriação, por via de nacionalização,  das participações detidas pela GENI SA  e Vidatel, Limited no capital social da UNITEL SA é referido que as acções que agora passam para a esfera do Estado, “livres  de  quaisquer ónus ou encargos” ficam “oponíveis a terceiros após o registo”. 

Em linguagem de gente, aquela que o cidadão comum usa no dia-a-dia, o esquisito “oponíveis” significa, simplesmente, transaccionáveis. Ou seja, vendidas a terceiros.

Isto quer dizer que, mais dias, menos dias, as acções antes pertencentes à Isabel dos Santos, Leopoldino Fragoso (Dino) e António Van-Dúnem (Tony Blair) mudarão de mãos.

Aos menos “kilalus” (ingénuos), não será difícil trocar por nomes concretos por detrás de terceiros, um substantivo masculino plural.



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Mas, ninguém se precipite: embora também as tenha, as ex-acções de Isabel Dino e Blair não irão parar às mãos das filhas do actual dono do esférico.

Em entrevista que concedeu a 12 jornalistas no dia 9 de Junho de 2022, o homem jurou: “Eu também tenho filhos e não vou entregar [...] a nenhum dos meus filhos”. 

Sem a concorrência directa dos filhos, os “amigos” da Carrinho, Omatapalo, Mitrelli e outros poucos estão seguramente a esfregar as mãos...

Nos seus melhores momentos, a UNITEL distribuía a cada um dos seus quatro accionistas-fundadores (Vidatel, Geni, OI e Sonangol) lucros anuais de 250 milhões de dólares.

Se tudo lhes correr bem – e nada sugere o contrário -  os novos “eleitos” arriscam-se também a somar anualmente essa bolada. 


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Nos mesmos despachos, o Presidente da República justifica alega que as participações sociais da Vidatel e da Geni  passam para o Estado com vista “à salvaguarda do interesse público e continuidade do fornecimento,  com qualidade, deste bem essencial à população”.

Criada muito antes, a Angola Telecom, sobretudo o seu ramo de telefonia celular, nunca mereceu a atenção devida à uma empresa que, tal como a UNITEL, presta serviço essencial à população.

Os seus trabalhadores estão numa interminável greve, mas, a paralisação quase total dessa empresa não parece comover os poderes públicos, nem mesmo aqueles que prometeram ao país um novo paradigma.




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